Gleisi Hoffmann começou na política pelas mãos do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT.
A atual senadora era secretária de administração e o marido Paulo Bernardo, o secretário de fazenda.
No estado, a dupla dinâmica fez a sua primeira experiência com a Consist, num sórdido esquema de desconto na folha de pagamento dos funcionários que faziam empréstimos consignados.
Deu tudo certo e, mais tarde, o mesmo esquema foi implantado no Governo Federal, onde Paulo Bernardo era o ministro do Planejamento e Gleisi veio a ser Ministra da Casa Civil.
Pois bem, reportagem veiculada nesta quinta-feira (17) na revista Crusoé, revela que o relatório da Polícia Federal concluiu o que todo mundo já sabia: Gleisi é corrupta.
Veja alguns trechos da matéria assinada pelo jornalista Filipe Coutinho:
“As conclusões da PF estão no relatório final do inquérito que investiga um esquema no Ministério do Planejamento, no qual uma empresa contratada para gerenciar o serviço de empréstimo consignado dos servidores passou, em troca, a distribuir propinas a diversos políticos.”
“Essa investigação é um dos desdobramentos da Lava Jato em São Paulo e teve até operação, a Custo Brasil, que chegou a prendê-lo em 2016. Mas Gleisi, por ser senadora, valeu-se do foro e foi investigada à parte, no Supremo Tribunal Federal. O relatório da PF foi finalizado em 8 março deste ano.”
“O centro do caso é o escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que trabalhou nas campanhas de Gleisi ao Senado em 2010 e ao governo do Paraná, em 2014. Ele recebeu dinheiro da empresa Consist, a tal que prestava o serviço ao Ministério do Planejamento, como já era sabido desde a operação de 2016. Mas a investigação traz revelações de como o esquema beneficiou especificamente a senadora, o que permitiu à PF concluir que Gleisi recebeu, entre propinas e caixa dois, 1,3 milhão de reais, entre 2010 a 2015 – justamente aquele período em que Gleisi saltou de novata no Senado a um dos principais nomes do PT.”
“A investigação da Polícia Federal conclui que Gleisi praticou o crime de corrupção. Com o relatório final, o caso caminha para se tornar mais um fardo para a senadora. Gleisi já é ré em uma ação no Supremo, acusada de receber outro 1 milhão de reais do esquema de propinas da Petrobras durante a campanha de 2010.”
da Redação