Até hoje ninguém teve coragem de mexer na dinheirama que inunda os cofres do malfadado Sistema “S”.
São recursos oriundos da cobrança de contribuições das empresas, de 0,2% a 2,5% das folhas de pagamentos.
Em tese, a função é o financiamento de iniciativas no sentido da qualificação profissional, educação, cultura, serviços de saúde e lazer para os trabalhadores.
No entanto, o que se tem é uma intocável caixa preta, por onde passam alguns bilhões de reais por ano.
Não são raros os exemplos de dirigentes de entidades componentes do sistema que se enriqueceram rapidamente.
A recente revelação de que os advogados do ex-presidente Lula receberam R$ 68 milhões de honorários de entidades regadas por estes recursos, novamente despertou a atenção para a picaretagem que ronda o esquema.
Há fundado receio de que escritórios de advocacia sejam uma das maneiras utilizadas para o desvio de recursos dessas entidades.
O Sistema “S” é uma abastada incógnita, que precisa ser decifrada.
Chegou a hora de acabar de vez com esta fonte incomensurável de falcatrua.