A morte de Marielle Franco teria sido tramada dentro do prédio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Um vereador e um ex-policial militar são apontados como mandantes.
Uma testemunha-chave, que está sob proteção da polícia, passou detalhes de datas, horários e locais de reuniões em que o vereador Marcello Sicilliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo (ex-PM, preso acusado de chefiar uma milícia) teriam planejado o crime.
Sicilliano tem 45 anos de idade, exerce seu primeiro mandato e foi eleito tendo como base política a região de Jacarepaguá.
O vereador divulgou nota repudiando a acusação. “Ela é totalmente falsa”, é uma “covardia”, “uma coisa plantada”.
“Sou um homem de bem, correto. Não sou safado, não sou criminoso. Tenho família. Tenho quatro filhos, três netos. Todos estão me ligando, preocupados. Marielle era minha amiga. Não faria isso com ela nem com qualquer outra pessoa”, afirmou Siciliano.
A testemunha-chave revelou ainda que as conversas, que tratavam dos prejuízos causados pelo combate da vereadora ao avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá, começaram ainda no ano passado. Nos depoimentos, além do político e do chefe da milícia, também foram mencionados os nomes de outros integrantes do bando, que teriam participado da execução.
Um outro fato que sugere a efetiva participação de Siciliano no crime, trata-se do assassinato, no dia 8 de abril, do líder comunitário Alexandre Pereira, colaborador do vereador, morto a tiros na Taquara, Zona Oeste do Rio.
O crime ocorreu dois dias após Siciliano depor sobre o caso da morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.
O caso está sendo considerado como ‘Queima de Arquivo’.
o delator teria dito ainda, que o vereador exerceu pressão sobre o miliciano.
Certa feita, Sicilliano apertou o cerco: “A mulher está me atrapalhando… Precisamos resolver isso logo”.
da Redação