Como pode o PT festejar tanto os esculachos diários no governo Temer?
06/05/2018 às 21:03 Ler na área do assinanteGanha um prêmio quem adivinhar qual o partido que mais comemora os desastres sem trégua e diários no Governo Temer, desde que assumiu. Até parece que esse “tal” partido não tem nada a ver com esse nefasto quadro político que os brasileiros sofrem na carne desde 2003, progressivamente agravado.
Por mais que tente disfarçar, inclusive tendo a “cara de pau” de colocar-se na posição de principal opositor do atual governo do (pe)emebista Michel Temer, o PT não pode negar a sua responsabilidade por mais de 85% dos fracassos políticos, econômicos e sociais que aí estão, especialmente em relação à corrupção que corria e ainda corre solta no Governo, e que superaram por larga margem a soma de todos os malfeitos políticos dos outros governos anteriores, desde o Império até os dias de hoje.
Jamais o Brasil alcançou em toda a sua história uma posição tão ruim. Mas esses “piores” governos somente aceleraram e “aperfeiçoaram” o que já não estava bom, e que começou com a “Nova República”, do PMDB, em 1985.
O PT esteve na chefia do governo a partir de 2003, com a primeira eleição de Lula, até 2016, com a queda por impeachment de Dilma Rousseff. Portanto foram 13 anos de (des) governo. Os “destroços” que ele deixou foram assumidos pelo Vice-Presidente Temer, do MDB (antigo PMDB), que assumiu o lugar de Dilma, tornando-se o novo Presidente.
Certamente os resultados negativos que aí estão devem ser distribuídos nas respectivas proporções do tempo de governança de cada partido. Lula e Dilma, do PT, vencem de “goleada”, com 85% da culpa. Temer fica com os restantes 15% da culpa. E por mais que se esforcem os políticos que se julgarem ofendidos não conseguirão negar uma verdade “matemática”.
Apesar dos “estragos” de Temer terem sido menores, por causa do seu período mais curto de governo, certamente ele não foi pior, nem melhor, no “mérito”, que os dois ex-Presidentes petistas. Em nenhuma outra situação se aplicaria melhor a expressão “farinha do mesmo saco”. Os mesmos votos que elegeram Dilma consagraram Temer, e vice versa.
A fim de que se evitem possíveis mal-entendidos, NENHUM dos outros partidos políticos, grandes ou pequenos, está sendo absolvido das críticas aqui centralizadas no PT e MDB. É tudo “lixo” igual.
Somente a “intervenção” prevista no artigo 142 da Constituição poderia trazer alguma chance (nenhuma certeza), de alteração nesse caótico quadro político que se avizinha. A alternativa convencional que se apresenta (eleições) seria, com certeza, o caminho da sociedade brasileira rumo ao abismo.
Mas seria necessário homens com virtudes adequadas, caráter e coragem nas Forças Armadas, o que ainda não se vislumbra, para que atendessem aos justos apelos derivados do PODER INSTITUINTE E SOBERANO DO POVO (artigos 1º,parágrafo único, combinado com o art. 142 da Constituição), não-idiotizado pela lavagem cerebral dos canalhas que se aproveitam da política para enganar a população.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).