Advogado renomado perde prazo e ex-prefeito corrupto deve ir mais cedo para o xilindró
26/04/2018 às 20:22 Ler na área do assinanteUm advogado conhecidíssimo, tido como uma estrela da advocacia, perdeu o prazo de um recurso especial em favor de um cliente e colocou o sujeito numa situação delicadíssima.
O advogado é Renê Siufi, ex-presidente da seccional da Ordem do Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul, criminalista de renome nacional, e caríssimo.
O cliente, Gilmar Olarte, um pilantra, corrupto, pastor evangélico e ex-vice-prefeito de Campo Grande, eleito em 2012.
Olarte aplicou um golpe no prefeito, Alcides Bernal, e conseguiu a sua cassação, que perdurou por um ano e cinco meses, até que o Tribunal de Justiça de MS devolvesse o mandato ao seu legítimo detentor.
Durante o período em que ficou no cargo, o dito pastor fez uma verdadeira devassa nos cofres públicos da prefeitura da Capital sul-mato-grossense.
Defenestrado do cargo, perdeu o mandato de vice-prefeito e foi preso em função dos crimes que cometeu. Ficou poucos dias na cadeia e conseguiu a liberdade e vem arrastando os seus processos, até chegar nesse tal recurso especial, onde o ilustríssimo advogado ‘comeu barriga’, se enrolou nos feriados, e teve o recurso indeferido pela ministra Laurita Vaz, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por intempestivo.
Assim, face a negativa de tramitação do recurso especial, o tal Olarte pode ser preso nos próximos dias, afim de cumprir a pena de oito anos e quatro meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a qual foi condenado.