O “Cocalero” e a Soberania do Brasil
Um ditadorzinho... Ai, ai! Que tentação de repetir Collor
24/08/2015 às 18:34 Ler na área do assinanteAlém de outros cafajestes...
Evo Morales, presidente da Bolívia, declarou na última sexta-feira (21), durante a cerimônia do 44º aniversário do golpe militar de 1971 que exaltou o então coronel Hugo Banzer, que o Socialismo na América Latina está sob ameaça.
Dirigindo-se aos Comandantes Militares daquele país conclamou a união de todos em defesa da democracia-socialista, rechaçando o que ele tem por certo: um golpe de estado estaria em andamento no Brasil.
Disse ele:
“(...) Hermanos comandantes,... no permitiremos que los golpes de Estado en Brasil o en América Latina. Vamos a defender las democracias".
Noutro trecho: “(...)"En lo personal, nuestra conducta defenderá Dilma (Rousseff), Presidente de Brasil y el Partido de los Trabajadores".
Arrematou: “(...) Espero que el tema del golpe de Estado en Brasil es sólo un problema de los medios de comunicación. Es nuestro deber de defender los procesos democráticos, la democracia y sobre todo el proceso de liberación sin injerencias externas."
É estupefaciente o que se tem testemunhado nestas últimas décadas no que toca a ideologização fascistoide disfarçada de democracia socialista, mas que não passa de uma tentativa de impor a ditadura do proletariado, e que aos poucos vai se enraizando na América do Sul.
Muito disso tem origem nos Fundamentos do Foro de São Paulo (para conhecer clique aqui).
Seria bom avisar ao cacique com faixa de presidente que existe algo chamado Soberania. E que, se esse não foi mais um dos seus discursos idiotizados, como se tem tornado comum aos governantes sul-americanos – com exceção de alguns –, aqui, no Brasil, o povo não tolera ameaça, ainda que a sua presidente faça “cara de paisagem” quando um boçal convoque os seus companheiros a entrincheirarem-se armados para defender o seu mandato e que depois vem a público justificar que tudo se resumia a figuras de linguagem.
O que querem? Invadir o Brasil? Tomar a força o que é do povo? Guerra?
Ora veja só, senhor Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores, seus compatriotas entenderam muito bem o seu discurso comunista. Você, que se locupleta de dinheiro suado dos seus soldados sindicalizados, que pode usar Rolex e roupas de marca, que pode abraçar e tirar riso fácil da presidente deste país, não vai impor nem no berro nem na bala a defesa dos seus próprios interesses.
Vai se unir em armas com Evo Morales?
Cuidado com o que fala Vagner!
E a senhora, Dona presidente Dilma, como Chefe de Estado e de Governo, tinha a obrigação de passar um pito – para dizer o mínimo – nesse seu soldadinho de... sindicato!
Não sei o que mais me espantou. A fala desse estúpido imbecilizado ou o silêncio perturbador de Vossa Excelência.
Ademais, quem acredita que está em marcha um golpe de estado no Brasil, ou não sabe do que se trata ou não enxerga um palmo à frente de seu próprio nariz.
Onde estão os golpistas? Quais são os sinais de que está engendrado um plano de deposição de um governo legitimamente eleito, embora incapacitado de prosseguir governando com céu de brigadeiro em razão do amontoado de besteiras que seu próprio partido levou a cabo? Onde as manifestações do povo, pura expressão da sua decepção pela perda do que a muito custo havia alcançado ao longo de décadas, desde o fim da ditadura, possa ser sinal que precede um golpe? Ora! Por favor. Tendo a imitar Collor no limiar de sua fúria.
Quem é Evo Morales para o Brasil? Ninguém!
Se há algum golpista, está dentro do seu partido Dona Dilma.
Evo Morales se coloca a disposição para defender a presidente Dilma e o Partido dos Trabalhadores, e nenhuma palavra sua se traduz em “povo”. Dá para imaginar por que razões.
Esses governos vizinhos, tais como tem se revelado o nosso próprio, idolatram, amam a cleptocracia; um povo domado por migalhas de benesses não está, a princípio, sujeito ao domínio pela força. Ao menos por agora.
No mesmo tempo que o índio presidente nos confunde com a sua republiqueta, a presidente Kirchner vai cada vez mais se enredando na teia da criminalidade de poder.
Documentos encontrados em investigação policial indicam a estreita relação dos Kirchners com um empresário da construção Lázaro Báez. Há indícios de que por dois anos ele pagou aos Kirchners a ocupação de um de seus hotéis, localizado na cidade El Calafate, em troca de benefícios em licitações. Os documentos foram apreendidos na imobiliária de Máximo Kirchner, filho da presidente argentina.
Lá, não parece diferente daqui, a não ser pelo fato de que o promotor público argentino morreu às vésperas de apresentar denúncias contundentes contra Cristina. Até hoje, apesar de todas as suspeitas, a morte do promotor não foi cabalmente esclarecida embora tudo indique tratar-se de um homicídio, ao contrário do que tentam as autoridades convencer o povo e o mundo de que Alberto Nisman cometera suicídio.
Cito Cristina porque ela também andou a palpitar sobre a decadência petista que vai levando junto a presidente Dilma.
Sugiro a Evo que junte suas penas e tangas e vá cuidar de suas galinhas; a Cristina, o futuro reserva a justiça, tal como aqui, esperamos.
Senhores cafajestes, se ainda não aprenderam, lembro Lord Acton[1]: “O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”.
JM Almeida
[1] John Emerich Edward Dalberg-Acton, 1º barão Acton, KCVO, DL (Nápoles, 10 de janeiro de 1834 — Tegernsee, 19 de junho de 1902), foi um historiador britânico.
JM Almeida
João Maurino de Almeida Filho. Bacharel em Ciências Econômicas e Ciências Jurídicas.