Ator Wagner Moura, muda de lado e engorda 20 quilos para viver o traficante Pablo Escobar

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O ator Wagner Moura, eternizado como o Capitão Nascimento de Tropa de Elite, vai mudar de lado e virar bandido. Ele se entregou totalmente ao seu novo trabalho e, para isso, precisou mudar o cardápio para ganhar peso. O ator vai interpretar o traficante colombiano Pablo Escobar na série "Narcos", que estreia em agosto na Netflix. Nas cenas, o público poderá ver um Wagner Moura bem mais gordinho. O corpo bem definido dará lugar a uma pancinha nada modesta e o rosto vai receber um bigode imponente.

É a chance que o ator tem de se afastar de vez de um personagem que há oito anos vive como sua sombra, o Capitão Nascimento. É tarefa difícil olhar para o ator e não se lembrar de frases de efeito como: ‘Pede para sair!’ ou ‘Nunca serão’, que até hoje ecoam como sinônimo de algo que caiu no gosto popular. 

Agora, o ator está no outro lado, portando um fuzil para fazer o mal e não para combatê-lo. Nada mais de dar tapa na cara de ‘vagabundo’ por causa de um baseado, pois é ele quem ‘dá um dois’ para relaxar. Sai a farda e entra a camisa social de manga curta.  É a figura de Pablo Escobar ganhando forma na pele de Wagner Moura, que estreia na próxima sexta-feira, com direção de José Padilha.

Os sacrifícios foram muitos para que Wagner ficasse parecido com o maior narcotraficante da história. Vinte quilos a mais, muitos estudos, inúmeras aula de espanhol e mudança de endereço para a Colômbia. 

Mesmo com um corpo fora de forma em decorrência do personagem, parece que Moura criou certa afeição por Escobar. Mas nem por isso ele quis santificá-lo em sua atuação. “Acredite ou não, Pablo era um ser humano. As pessoas querem que eu tome um partido. Claro que ele era um cara mau, cruel, mas as pessoas não são só boas ou más, elas são complexas”, reflete. 

O ator fez um mergulho profundo no passado do traficante. Mas nem por isso Wagner seguiu à risca os costumes do criminoso na hora de filmar. Os baseados que ele aparece fumando nas imagens, por exemplo, são falsos. “O baseadinho era de mentira. As arminhas também”, garante, aos risos, o ator enrubescido. “Pablo é fundamental na história da Colômbia.Ela é dividida em antes e depois dele. Acho que li tudo que foi escrito sobre ele, inclusive o livro que o filho dele (Juan Pablo) escreveu, que é muito bom”, comenta. 

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da Redação Ler comentários e comentar