O poder do “Mito”, que Lula não tem coragem, nem inteligência para aceitar

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Lula, diante das investidas para condená-lo pela suposta chefia da maior organização criminosa, montada no país, tinha duas opções pessoais:

Aceitar a derrota, render-se e seguir recorrendo às instancias judiciárias, dentro do previsto em lei;

Não aceitar a derrota, postar-se vítima de golpe ilegal e buscar apoio externo, considerando-se vítima de um Estado autoritário e persecutório, em todos os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Ao se considerar vítima de golpe do Judiciário, contestando a sua imparcialidade e legitimidade, coloca-se contra a corporação. E será tratado com o máximo rigor da lei.

Aceitando a condenação e a prisão como derrota, irá se preparar para a revanche, para um retorno triunfal. Não pode pensar em retorno imediato ou de curto prazo. A sua batalha não é 2018. Será 2022 ou 2026.

Mantido preso, deixará de ser uma pessoa material para se tornar uma ideia (como ele se auto-denomina) ou um mito. A ideia é o lulismo.

Como mito passa a ser uma divindade a ser cultuada.

O seu foco deveria ser a sobrevivência do lulismo e não dele pessoal.

Tem efetivamente que se transformar em ideia e em mito. O seu instrumento será "as cartas do cárcere".

Não para manter a versão de vítima de um golpe judicial. Mas para disseminar a "ideia".

Foto de Jorge Hori

Jorge Hori

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