Até onde vai a coragem (ou insanidade) de Marco Aurélio?
06/04/2018 às 08:07 Ler na área do assinanteO ministro Marco Aurélio Mello sempre foi um homem de comportamento estranho.
Nunca teve nem de seus pares o devido respeito.
Em recente episódio com o trêfego senador Renan Calheiros chegou a ser ridicularizado.
Eis que repentinamente ele surge no cenário como defensor intransigente do meliante Luiz Inácio Lula da Silva.
Na votação do Habeas Corpus chegou a ser agressivo com Rosa Weber, quando percebeu que o voto da ministra caminhava para a denegação da medida em favor do petista.
Eis que no momento seguinte após a decretação da prisão de Lula, surgem rumores de uma inusitada reunião com o advogado Sepúlveda Pertence, o homem de 50 milhões de reais.
Paralelamente, o advogado Kakay, outro que só opera movido a milhões, entra com um pedido de liminar numa Ação Direta de Constitucionalidade, ADC 43, que questiona a questão das prisões em 2ª instância.
Kakay quer que seja acolhido em caráter de urgência o reconhecimento da constitucionalidade do artigo 283 do CPP e requer a suspensão da execução provisória da pena aplicada a réu cuja culpa esteja sendo questionada no STF, até que todos os recursos tenham sido esgotados.
Óbvio e ululante que Kakay age em conluio com Sepúlveda e a intenção é livrar Lula da cadeia.
Os autos estão na mesa de Marco Aurélio.
É conveniente que o ministro não adote essa linha tortuosa. Ficará evidente sua conduta parcial em benefício de um corrupto e lavador de dinheiro cuja prisão já foi definida em 1ª, 2ª e 3ª instância e pelo próprio plenário do STF.