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Não torci ‘contra o Lula’, ainda que esteja convencido de que seus desvios continuam em aberto, aguardando quitação.
Comemorei sim, e muito, o possível fim da prescrição como padrão na justiça dos poderosos.
A perspectiva de que vai valer a pena investigar, deter, interrogar, negociar, enquadrar e prender quadrilhas que sempre encontraram no Estado um manancial inesgotável de dinheiro fácil para políticos, operadores, empresários e partidos.
Essas ferramentas não impedem a ação de corruptos, mas acabam com o seu sossego. Desde ontem, sabe-se lá até quando, já não basta mais ter bons advogados para dormir em paz sobre um colchão de irregularidades.
Talvez volte a compensar trabalhar honestamente.
(Texto de Marcos Hayun)