A política em ebulição: Qual vai ser o contra-ataque de Cunha?

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A perspectiva de uma prisão iminente gera uma forte tensão ao indigitado e um interesse inusitado em função da sua importância midiática. Ocorrida a prisão, chega a ser um alívio e o assunto perde interesse público.

José Dirceu está preso há duas semanas. Antes da iminência de sua prisão criou-se um clima de tensão. Sabia-se que ele seria preso, mas a dúvida era quando? A efetivação da prisão teve grande impacto na mídia, mas depois "sumiu".  

Agora a tensão é pela denúncia certa, até previamente anunciada ou vazada para a mídia, de Eduardo Cunha. E daí?

Ele vai ser denunciado, mas não vai renunciar. Vai se colocar na posição de um perseguido político. Vai dizer que não há provas. E não irá perder a sua base de apoio. Apenas pequenas defecções e uma oposição barulhenta, como sempre do PSOL, que pouco significa. Mas com  apoio da Rede Globo.

O passo seguinte será a aceitação ou não da denúncia pelo STF, definindo ou não o calendário de julgamento. 

Dada a personalidade de Eduardo Cunha não só não renunciará, como não ficará na defensiva. Partirá para o ataque. E não deverá ser um ataque tímido. Eles ouvirá mais os seus falcões do que as pombas.

A dúvida não é mais sobre a denúncia, mas com relação a qual e que intensidade terá o contra-ataque. E como ficará o apoio dele pelo baixo clero. 

Jorge Hori

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Jorge Hori

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