Uma jurisprudência encomendada para salvar Lula. Esse é o trabalho que os ministros Dias Toffoli e Celso de Mello, além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estão fazendo nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dias Toffoli tem laços umbilicais com o PT. Foi advogado do partido e opera uma verdadeira militância dentro da corte. É o responsável por Paulo Bernardo ainda estar em liberdade. É dele a decisão no HC, logo em seguida a prisão do ex-ministro.
Celso de Mello é amigo íntimo do advogado Sepúlveda Pertence, que foi seu ‘chefe’ no governo de José Sarney. Ambos foram indicados para o STF pelo próprio Sarney. É o decano da suprema corte e tem exercido uma considerável pressão sobre os demais ministros.
FHC assumiu o compromisso de trabalhar por Lula junto aos ministros de seu relacionamento. O acordo foi fechado com Fernando Haddad numa madrugada paulistana. Exerce influência forte sobre Gilmar Mendes, indicado por ele para o tribunal.
Esta semana em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, FHC deu uma declaração que desnudou a sua intenção: ‘Se eu pudesse reviver a história eu tentaria me aproximar não só do Lula, mas de forças políticas que eu achasse progressistas em geral’.
Assim, cada qual a sua maneira, o trabalho por Lula dentro do STF é muito forte e tem evidentemente a receptividade de todos os ministros indicados pelo PT.
Desta forma, mais uma vez, o STF caminha para se constituir no guardião da insegurança jurídica, assegurando a impunidade para o meliante petista, pondo fim ao início do cumprimento da pena após decisão de 2ª instância.
A resistência de Cármen Lúcia parece ter um limite.
A pressão da sociedade torna-se imperiosa.