O ex-ministro Sepúlveda Pertence vive um drama.
Nesta terça-feira (6) ele deixou o plenário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) cabisbaixo. Era o protótipo da derrota.
Homem inteligente, ele evidentemente já percebeu que embarcou numa terrível ‘canoa furada’.
O placar unânime no STJ foi um baque atroz.
A negativa de audiência da ministra Cármen Lúcia foi outra decepção.
A convivência com a banca de Lula também tornou-se insuportável. Sepúlveda não tolera mais o ar presunçoso de Cristiano Zanin.
Assim, o homem que depois que deixou o STF, sempre escolheu suas causas na advocacia e sempre trabalhou de maneira prazerosa, cobrando bem e cobrando caro, vive um dilema.
Amigo de Lula quando ministro do STF, há muito não falava com o ex-presidente. A amizade estava abalada.
Lula o convidou em 2006 para ser vice em sua chapa, depois manteve José Alencar e nunca mais tocou no assunto. O advogado engoliu em seco e afastou-se.
A nova aproximação não foi fácil, custou caro e a vaidade prevaleceu. Sepúlveda aceitou imaginando que fosse ser o ‘salvador da pátria’. Ele tinha a certeza que resolveria o problema, plena confiança em seu poder de persuasão.
Hoje, não tem mais a certeza, está decepcionado e amargurado.
Poderá renunciar. É a atitude mais racional.
Vamos aguardar.