Rede Globo, o seu relativismo moral e quando é permitido matar... (Veja o Vídeo)
27/02/2018 às 10:01 Ler na área do assinanteA Rede Globo de televisão se superou mais uma vez, ao tentar transformar o terrorista e assassino Dimas Antônio Casemiro em um herói vítima do regime militar, no último domingo (25), em seu programa Fantástico.
De forma imoral e absurda tentaram justificar o assassinato do industrial Henning Albert Boilesen, diretor do grupo Ultra, ao classificá-lo como colaborador do regime militar.
Desde quando matar em nome de uma ideologia, seja ela qual for, é justificado?
Não deveríamos nos surpreender com essa postura, já que em abril de 2017, esta emissora, exibiu uma telenovela, "Os Dias Eram Assim", onde houve uma completa deturpação dos verdadeiros fatos históricos brasileiros.
A esquerda explora ao máximo e de forma falaciosa, os esqueletos encontrados no cemitério de Perus, como bem explica este trecho do Livro "A Verdade Sufocada":
"Os militantes das organizações terroristas, quando entravam na clandestinidade, abandonavam a família, os estudos, os amigos, a profissão e até o próprio nome.
Tudo passava a fazer parte do seu passado. Para viver na clandestinidade, necessitavam de nova história de vida, de novos amigos, de novo nome, de nova identidade. Para isso não hesitavam em fraudar a lei.
Nesse sentido, o mais comum era obterem uma nova certidão de nascimento, com o nome que passariam a usar.
Com essa certidão compareciam a um serviço de identificação do governo, onde eram identificados e de onde saíam com uma nova carteira de identidade, legítima e válida para todos os efeitos legais.
A partir desse momento, por meios criminosos, oficialmente, passavam a ser outra pessoa.
Outro procedimento era receberem do Serviço de Inteligência da organização identidades falsas.
As cédulas das carteiras de identidade, em branco, eram conseguidas nos assaltos aos Postos de Identificação do governo e as certidões de nascimento, em branco, também eram obtidas em assaltos aos Cartórios de Registro.
Assim agindo, evitavam ser reconhecidos e presos caso procurassem um posto de identificação policial.
Só os Serviços de Informações possuíam fotos, geralmente desatualizadas, dos principais militantes das organizações terroristas.
Caso um militante, usando uma identidade com o nome diferente do seu, morresse num acidente, dificilmente seria reconhecido pelas autoridades policiais que atendessem a ocorrência.
Quando, porém, entre os documentos apreendidos em poder do morto era encontrado material subversivo, armas, bombas, etc, o DOPS ou o DOI (no caso de São Paulo) eram informados.
Quando um terrorista, usando uma identidade obtida de modo criminoso, morria em combate, tínhamos que seguir os procedimentos normais para sepultá-lo.
Como seu nome não constava na nossa relação de terroristas procurados, ficávamos na dúvida, mas tínhamos a certeza de que, normalmente, por medida de segurança, eles trocavam suas identidades.
Começava, então, o nosso trabalho em saber quem ele era na realidade.
Às vezes, pela fotografia, um companheiro de militância o reconhecia.
Outras vezes, pesquisando no álbum de fotografias, por semelhança, obtínhamos seu nome verdadeiro.
Obrigatoriamente, eram tiradas as impressões digitais pelas autoridades policiais encarregadas do sepultamento e comparadas com as da carteira de identidade que portava.
Confirmado que eram idênticas, o sepultamento era feito com o nome constante na carteira.
Suas impressões digitais eram enviadas aos Serviços de Identificação para que suas fichas datiloscópicas fossem comparadas e o verdadeiro nome oficialmente identificado. Isso demandava tempo.
No inquérito policial, aberto para apurar a morte, essa situação da dupla identidade era declarada, mas só a Justiça poderia fazer o morto voltar à sua primeira identidade.
Normalmente, as famílias nem sabiam de seu falecimento, apesar de noticiados em jornais, pois desconheciam os seus paradeiros.
O morto era enterrado numa cova rasa, mas com a exata localização no cemitério. A qualquer momento, a sepultura poderia ser encontrada.
Não era, portanto, sepultamento clandestino.
Em São Paulo, a maioria dos terroristas mortos em combate foi sepultada no Cemitério Dom Bosco, no bairro Perus.
Passado o prazo legal, que penso ser de cinco anos, como acontece em todos os cemitérios do País, se a família não retirasse os restos mortais e os colocasse num nicho ou em um jazigo, eles seriam exumados e enterrados numa vala comum, juntamente com as ossadas de outras pessoas que se encontrassem na mesma situação.
A esquerda, dentro do quadro de revanchismo a que se impôs, explora essa situação e acusa as autoridades de enterrar os “presos políticos” em cemitérios clandestinos e com nomes falsos.
Em 1990, Luíza Erundina, então prefeita de São Paulo pelo PT, com a força do seu cargo, ajudou a esquerda nesse processo de “denúncias”, criando a Comissão Especial de Investigações das Ossadas de Perus.
Em 4 de setembro daquele ano, a prefeitura de São Paulo abriu com grande estardalhaço, com manchetes e mais manchetes na mídia, a Vala de Perus, localizada no Cemitério Dom Bosco, na periferia da cidade, onde estavam enterradas 1.049 ossadas de indigentes e, possivelmente, de alguns terroristas.
Segundo a ONG Tortura Nunca Mais, foram 358 os mortos e desaparecidos em todo o Brasil e no exterior, incluídos os do Araguaia, os que se suicidaram, os que faleceram em acidentes de carro, os mortos em passeatas e arruaças."
Precisamos ficar alertas com a tentativa de manipulação de dados históricos por emissoras de telecomunicações comprometidas com a ideologia socialista, que tentam inutilmente, graças às redes sociais, transformar criminosos em heróis e verdadeiros heróis em criminosos.
Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira
Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário