Homem que repassou R$ 90 milhões para Zanin e Adriana mantinha cofre no quarto de casa
A entidade não possuía demandas que justificassem os repasses estratosféricos
25/02/2018 às 15:57 Ler na área do assinanteOrlando Diniz, o presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro, preso na última sexta-feira (23), terá muito o que explicar.
O rombo deixado nas entidades que dirigia é estratosférico.
Os gastos não coadunam com a necessidade da entidade. São absurdos.
Só em honorários para os advogados de Lula, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, e para a ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, foram cerca de R$ 90 milhões, a partir de 2011.
Não há demanda jurídica na entidade que justifique tais repasses.
Na realidade, o tal de Orlando Diniz gastou cerca de R$ 180 milhões em honorários, valendo-se para tanto, segundo o MPF, ‘como subterfúgio para utilizar verba pública federal do Sesc-Senac’.
Uma das testemunhas, Sérgio Arthur Ferreira Alves, ex-superintendente-geral da Fecomércio-RJ, afirma que Diniz mantinha um cofre dentro de casa onde guardava grandes somas de dinheiro.
A investigação também encontrou evidências de um pagamento em dinheiro vivo feito ao escritório de Roberto Teixeira por intermédio do doleiro Alvaro Novis, que, segundo o MPF, atuava para a Odebrecht e participou da lavagem de dinheiro no esquema de corrupção liderado por Sérgio Cabral.
Tal fato aproxima os advogados de Lula do esquema do ex-governador.
da Redação