Lula será preso, mas por pouco tempo

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Após as palavras da Ministra Carmen Lúcia, Presidente do STF, de que seria irreversível a prisão de Lula, tão logo julgado o recurso de embargos declaratórios promovido contra a sua condenação, pela Egrégia 8ª Turma do TRF-4, é evidente que essa prisão vai acontecer. 

O impacto será grande. O ex-presidente será filmado indo para trás das grades. Mas “valerá a pena”.

Essa simulação trará um resultado altamente positivo perante a opinião pública, muito bem manipulada, com ajuda decisiva da grande mídia especializada em lavagens cerebrais, sempre ao  lado dos poderosos.                 

Sem dúvida Lula será preso. Porém com alguns “senões”.

O tempo da sua prisão jamais será aqueles longos 12 anos e 1 mês, como estabelecido pelo  TRF-4. Presenciaremos um falso espetáculo. Todo o roteiro será “teatral”.

Com certeza os mínimos detalhes dessa fictícia “operação” já estão previamente acertados. Acertados entre o “ator” principal, Lula, seus advogados, e os próprios Ministros “supremos”.

Sabe-se que a maioria desses Ministros, nomeados pelo PT (7 dos 11), deseja realmente  que Lula fique fora das grades. E outros também. 

A “corporação” STF precisa antes de tudo salvar a própria imagem. E também a própria “pele”. Daí o “acordo” entre eles.

O referido tribunal (STF) terá que dar uma satisfação pública, mesmo que “driblando” a sociedade e sacrificando Lula “de leve”, sem “machucá-lo” muito, para que ele “interprete” o papel de presidiário por algumas poucas horas ou dias, como se fosse episódio de uma peça teatral.

E Lula sabe como ninguém interpretar o papel de vítima. A “vitimização” é a sua maior qualidade. Ninguém o bate nessa “arte”.

Com essa interpretação ,ele conseguirá impressionar os trouxas que chegam a dar a própria vida por ele em troca de algum pão com mortadela. E de muitas promessas que jamais serão cumpridas.

Tudo leva a crer que de fato estão preparando essa tremenda “armação”, um baita “teatrinho”, inclusive para contentar muita gente da torcida que deseja ver a prisão do ex-Presidente.

Que ele vai chegar a ser preso não resta nenhuma dúvida. Com isso muita gente terá a “alma lavada”. Ficará satisfeita pelo simples fato dele “ser preso”, nem que seja por pouco tempo (minutos, horas ou dias). O povo esquece rápido. Principalmente quando banca o trouxa. A vergonha tem força para fazer esquecer.

Jamais o Supremo teria “peito” de acolher o “habeas corpus” preventivo de Lula que está em tramitação, antes do julgamento dos embargos declaratórios pelo TRF-4.

Muita  gente festejará e terá o “gostinho”  de ver Lula preso. Mas esse “gostinho” durará muito pouco. Mas psicologicamente funcionará. E muito bem.

Depois da espetacular prisão de Lula, magistralmente interpretando o papel de “injustiçado” e “perseguido” político das “elites”, que é sua especialidade, certamente será dado provimento pelo STF a algum “habeas corpus” qualquer em favor desse paciente, caso não for o mesmo que já está tramitando e que só teria uma adaptação, deixando de ser “preventivo”.

Lula também poderá ficar livre da prisão através de remédios jurídicos outros que não o “habeas corpus”.

Se o STF mudar a intepretação sobre a prisão dos réus após condenação em segunda instância, seja exigindo a “terceira” instância (STJ), seja exigindo o trânsito em julgado da decisão, talvez passando até pelo Supremo, não só Lula ficará livre, até o “Dia-do-São-Nunca”, mas também todo um batalhão de corruptos e outros criminosos que se encontrarem  em situações  processuais similares.

Ocorreria certamente um “esvaziamento” de políticos das  cadeias, especialmente os enleados na Operação Lava Jato. Até diminuiria expressivamente a população carcerária.

Paralelamente à soltura de todos esses políticos corruptos, os  estabelecimentos prisionais ficariam reservados a abrigar somente aqueles que se enquadrassem nas categorias dos chamados “PPPs” (pobres, pretos e putas).           

Foto de Sérgio Alves de Oliveira

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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