A necessidade de obter e manter poder é típica da raça humana.
As pessoas são levadas a demonstrar poder até mesmo impondo a sua vontade. É por isso que elas sempre querem ter a última e “poderosa” palavra.
Com o poder, elas se sentem importantes. Seguras. Ilimitadas nas suas possibilidades.
Daí o “abuso de poder” praticado, compulsivamente, no cenário político brasileiro.
Esses seres, - politicamente incorretos, aliás -, vivem para conquistar e acumular poder. Para eles, é o que realmente importa. É como se apenas o poder – e nada mais do que o poder – estivesse no foco das suas “mentes insaciáveis”. Incontroláveis.
Eles desvirtuaram o poder de tal modo, que só conseguem enxergá-lo como “sinônimo de portas abertas”. “Fonte constante de regalias e mais regalias”.
O preço exigido, porém, por esse “poder leviano”, - praticado no âmbito da nossa Política, igualmente desvirtuada -, é altíssimo.
Ele exige ‘sair da própria pele’, para encarnar outro personagem, pronto a se render às “normas da conveniência”.
Ele exige, inclusive, se curvar a todo e qualquer “teste de fogo”, ciente de que o resultado final compensa – e muito - o “pior sacrifício”.
A conquista desse tipo de poder não admite barreiras. Isto porque ele é feito de “opostos”. De “extremos”.
Repleto de armadilhas, ele compra o silêncio, mas também intimida e obriga a falar. Cria líderes, reverenciados como ídolos, mas não hesita em derrubá-los, sem aviso prévio. Sem qualquer misericórdia. Assustador, ele aposta alto tanto na vida como na morte.
É, sem dúvida, um poder irresistivelmente manipulador! Chega a demarcar territórios, e se apossar deles, tornando-os inacessíveis.
Ainda assim, - e talvez por tudo isso -, vem sendo desesperadamente cobiçado nos altos escalões.
Ele fascina de tal modo, que seus ardorosos praticantes, - encantados, - só pensam em acrescentar poder ao próprio poder já adquirido, o que significa “maiores ganhos materiais”.
Sem mencionar que os desafios desse “poder altamente nocivo” proporcionam sensações indescritíveis. Envolventes. Indispensáveis.
Os que se submetem, no entanto, a esse “processo febril e egocêntrico de conquista”, não sobrevivem a ele. E tudo porque banalizam e negligenciam os princípios e valores éticos que regem o “original e verdadeiro poder”. Isto é, o poder que é uma ciência, vinculada ao “conceito de inteligência” e usufruído por mestres conscientes do seu real significado. E não por espertos e aproveitadores que praticam a desmedida aquisição e acumulação de status ou dinheiro exclusivamente em proveito próprio.
Daí o inevitável naufrágio, sem sobreviventes, que acaba acontecendo no “mar de lama da corrupção”, formado por tantos atos ilícitos. Abusivos. Vergonhosos. Desleais. Inaceitáveis. Definitivamente imperdoáveis!
L. Oliver
Redatora e escritora, com diversos prêmios literários, e autora de projetos de conscientização para o aumento da qualidade das sociedades brasileira e global. Participa do grupo Empresários Associados Brasil, que identifica empresas e profissionais em busca da excelência em produtos e serviços no país e no Exterior. Criou e administra o grupo “Você tem poder para mudar o Brasil e o mundo”, de incentivo à população no combate à corrupção. https://www.facebook.com/groups/1639067269500775/?ref=aymt_homepage_panel