Um diretor geral muito pequeno para o tamanho da Polícia Federal
20/02/2018 às 05:24 Ler na área do assinanteA pequenez de Fernando Segovia não lhe permite sequer ter a exata noção de quais são as suas verdadeiras funções a frente da Polícia Federal.
Caso contrário teria plena consciência de que um delegado tem ampla independência na condução de um inquérito.
As funções de um diretor geral são meramente administrativas, dai a grandeza da PF. Qualquer delegado na condução de seus casos deve satisfação tão somente a sociedade.
Segovia, ao contrário, é refém de Michel Temer, mas pouco ou quase nada pode fazer para ajudar o seu ‘chefe’.
Nesta segunda-feira teve que se explicar perante o ministro Luís Roberto Barroso, como se fosse uma criança danada que fez traquinagens. Uma coisa melancólica.
Perante o ministro, o patético diretor geral da Polícia Federal teve que assumir o compromisso de que não fará mais qualquer manifestação sobre fatos objeto de apuração e garantiu que não teve a intenção de ameaçar com sanções o delegado encarregado, tendo aqui sido mal interpretado.
Abaixo, veja o documento que o ministro mandou juntar no inquérito correspondente, determinando a ciência ao Ministério Público Federal, a quem caberá tomar as medidas necessárias e cabíveis.
O MPF não deverá deixar barato, fatalmente.
Vem chumbo grosso contra o impertinente Segovia.