Agenda positiva não se faz pelo retrovisor

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A Presidente Dilma está precisando de uma agenda positiva para retomar a capacidade de governar, mas tem dificuldade de propô-la, porque continua voltada para o passado e não para o futuro. Uma agenda positiva tem que mostrar que o país tem futuro e o Governo está criando condições para um porvir melhor.

Dilma, seguindo os Conselhos de Lula, saiu de Brasília, com ambiente carregado para ir a outros rincões deste Brasil, onde não há o mesmo clima de crise, que assola o sudeste. Esteve em Boa Vista, em Roraima e depois em São Luiz, no Maranhão.

Mas, protegida pela sua entourage, pouco se relaciona com os públicos locais, não tendo condições de sentir efetivamente o ambiente. Tudo é preparado para uma festa. E seus discursos, defensivos, procurando sempre os culpados do passado, para justificar os problemas atuais.

Em São Luiz do Maranhão ela teve um oportunidade impar de falar sobre o futuro, mas preferiu ficar nas mesmas cantilenas voltadas para o passado.

Há um Brasil em crescimento em que pese uma crise internacional no setor das commodities. Esse Brasil tem hoje uma marca denominada Mapitoba (Maranhão, Piaui, Tocantins e Bahia) onde está se desenvolvendo o maior polo produtor de grãos do Brasil e que já tem pronta a sua logística de escoamento pelo Norte. 

A soja segue pela ferrovia norte-sul e é embarcada em São Luiz, pelo porto de Itaqui. Para atender a demanda crescente foi construído um terminal de grãos, cuja primeira parte foi completada, já operando, desde maio, mas esperando pela inauguração oficial pela Presidente, o que só ocorreu agora em agosto. 

Não se tratava de mais uma inauguração de obra do PAC, mas um marco da saída norte dos grãos. A viabilização do arco norte: um conjunto de portos e terminais por onde será escoada a soja do centro-oeste e de Mapitoba (ou Matopiba). Que não precisará mais vir ao sudeste. 

Esta movimentação, em que pese a baixa dos preços internacionais está em plena ascensão, com um clima positivo, ao contrário da economia do sudeste deprimida pela desindustrialização.

Jorge Hori

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Jorge Hori

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