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Delegados da PF preparam “cama de gato” para afilhado de Sarney
13/02/2018 às 06:45 Ler na área do assinante
Um grupo enorme de delegados da Polícia Federal nunca ‘engoliu’ a nomeação de Fernando Segovia para o cargo de diretor-geral da instituição.
Esse grande contingente tem o apoio da imensa maioria dos agentes e demais componentes da PF.
É o pessoal que exige uma polícia realmente independente, sem conchavos e sem a influência de políticos, notadamente aqueles envolvidos em casos de corrupção e outras mazelas.
A proximidade de Segovia com políticos dessa estirpe o fez ser mal visto, com reservas e preocupação.
Suas atitudes e declarações tem reforçado este sentimento.
Segovia mais uma vez abriu a boca e em entrevista acenou com a possibilidade do arquivamento do inquérito policial que investiga se o presidente Temer cometeu crime de favorecimento, no cabeludo caso do "decreto dos portos".
Sua autoridade perante seus subordinados, inclusive colegas também delegados de polícia, é meramente administrativa e assim sendo, está moral, legalmente impedido e juridicamente impossibilitado de comentar, em público ou não, sobre inquérito que não preside. E o fez.
A estratégia é aguardar de sobreaviso o que Segovia dirá para o ministro Barroso, qual será o teor de suas explicações.
O contragolpe está pronto.
Tudo indica que ele não irá suportar.