A armação está a caminho. Dilma não cai e "coronéis" ficam impunes

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Pelo visto, tudo leva a crer que esta semana pode ter sido decisiva para o futuro político da presidente Dilma Roussef. É possível que num "acordão" tenham participado o procurador geral da República, Rodrigo Janot, ministros do Tribunal de Contas da União e o senador Renan Calheiros.

Na noite desta quarta-feira (12) a presidente já apareceu com um outro semblante, numa entrevista que não estava agendada, mas possivelmente foi combinada, para o jornalista Kennedy Alencar, do SBT, conhecido por suas fortes ligações com o PT, inclusive, no ano passado, recebeu quase duzentos mil em verbas publicitárias do governo para financiar o seu blog.

Na entrevista, bem "light", Dilma garantiu que a crise econômica será superada no máximo até o começo do ano que vem e que o governo não está numa situação de isolamento político. 

Sobre o impeachment, a presidente, irônica, sem demonstrar maiores preocupações, disse tratar-se de uma pauta extremamente atraente.

Por outro lado, o presidente do senado Renan Calheiros pode ter negociado a sua paz e tranquilidade. Ele, de ferrenho opositor de Rodrigo Janot, repentinamente, passou a entusiasta e já está agindo no sentido de acelerar o processo de recondução de Janot à Procuradoria-Geral da República. A recíproca seria o não oferecimento de denúncia contra Renan. Pelo propalado acordo, também sairiam impunes os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR).

Janot, por sua vez, na terça-feira (11) jantou com a presidente Dilma. O evento era festivo, mas a dupla trocou confidências.

O TCU, surpreendentemente, resolveu dar mais um prazo para a votação das contas de Dilma. Nos próximos capítulos, uma eventual recusa pelo TCU do relatório do ministro Augusto Nardes, com a consequente recomendação no sentido de aprovação das contas de Dilma, praticamente aniquila qualquer possibilidade de impeachment ou cassação.

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da Redação Ler comentários e comentar