No retorno de Cuiabá, Gilmar não arrisca voo de carreira
01/02/2018 às 06:09 Ler na área do assinanteNascido em Diamantino no Mato Grosso, no estado o ministro Gilmar Mendes possui vasto patrimônio e necessita ir periodicamente. Dizem que ele gosta de verificar pessoalmente se o gado está engordando.
A viagem para Cuiabá no último sábado (27), logo após ter sido hostilizado por duas senhoras em Lisboa (Portugal), foi traumática. Os próprios conterrâneos de Gilmar o questionavam e xingavam.
"Vai soltar o Lula também depois? E o Aécio?".
"O STF não presta para nada. Tem que fechar aquilo lá".
E referindo-se diretamente ao ministro:
“Dou mil reais para você soltar meu cinto”.
"Vergonha para o país".
"Vergonha para a família brasileira".
"Cagão".
“Seu bosta”.
Lá atrás, o então ministro Joaquim Barbosa já advertia Gilmar de que ele um dia enfrentaria esta situação:
“Vá às ruas, ministro Gilmar”.
Gilmar riu, não acreditou. Hoje amarga as consequências de suas próprias ações, de suas atitudes, do caminho que escolheu.
Na segunda-feira (29) com medo de utilizar um voo de carreira e novamente ter que enfrentar a ira popular, usou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Que motivação teria alegado para solicitar o avião da FAB?
Não pode o ministro ficar utilizando aeronaves oficiais de maneira imotivada, desnecessariamente, sem justificativa legal.
Segundo a Folha de S.Paulo, a assessoria de imprensa do ministro afirmou que a solicitação foi feita à FAB por não haver voos de carreira disponíveis no trajeto para que ele cumprisse um compromisso no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em São Paulo, marcado para o fim da tarde de segunda. Alguém acredita?
Um voo de carreira oferecido diariamente pela empresa aérea Latam, parte de Cuiabá às 13h37 e chega ao aeroporto de Congonhas às 16h50, intervalo de deslocamento praticamente idêntico ao realizado pelo ministro.
Além disso, o alegado compromisso em São Paulo não constava na agenda pública divulgada pela TSE.
É triste tudo isso. Lamentável a que nível Gilmar chegou.