Apesar da autorização concedida aos órgãos de pesquisa eleitoral e de todas as “rigorosas” formalidades exigidas pela Justiça Eleitoral nos trâmites de registro dessas pesquisas, sem dúvida essas operações constituem uma gigante fraude contra a sociedade e contra a legitimidade do processo de escolha dos representantes políticos eletivos.
Os órgãos habilitados que fazem esse tipo de pesquisa desviaram dos seus objetivos “teóricos” e sadios e partiram com toda a força para uma atividade mais rentável, porém fraudulenta, criminosa, onde os resultados a serem divulgados são “comercializados”, conforme os interesses que estão em jogo, favorecendo o lado que melhor paga.
Qualquer “burro” pode perceber que no reduzido universo de eleitores onde as pesquisas são feitas fica muito fácil conduzir o resultado desejado conforme as conveniências, interesses e “pagamentos” em jogo. Tudo é feito na base do “segredo”. Nunca fui pesquisado e jamais ouvi falar de alguém que tivesse sido. Algum dos meus ilustres leitores já foi ou já ouviu falar de alguém que tivesse sido pesquisado?
Essa apontada “liderança” de Lula nas pesquisas coincide com os interesses maiores do partido e dos grupos que mais acumularam riquezas e dinheiro, via corrupção, especialmente nos últimos 15 anos, ”avançando” sem dó no patrimônio público, como está sendo apurado rigorosamente pela Justiça.
Não quer isso dizer que os outros políticos e partidos seriam mais “honestos”, porém não resta qualquer dúvida que eles não teriam condições de “competir” com o PT “et caterva”, não teriam o“poder-de-fogo” necessário para comprar as pesquisas e pagar tão bem como os “outros”. O problema não está em ser ou não ser mais honesto, porém no “poder de compra” de cada um. Corrupto tem mais dinheiro e pode comprar mais. E quem tem hoje mais “poder de compra”? Inclusive de pesquisas? De pesquisas que passaram a ser artigo de comércio?
A lógica perversa que gira em torno desse esquema fraudulento trabalha certamente em conjunto, harmonia e perfeita sintonia com o sistema de urnas eletrônicas fraudáveis da Justiça Eleitoral, e que ela tanto insiste em manter, apesar das provas quem já foram apresentadas de que elas podem ser facilmente manipuladas com fraude.
Os resultados das pesquisas e os apontados nas eleições sempre coincidem. Por isso os resultados eleitorais não causam nenhuma surpresa quando divulgados, porque já haviam sido “previstos” antes pelas pesquisas eleitorais. Tudo fica “normal”. E assim “eles” vão levando!!!
Tão ou mais grave que essa situação é a manipulação da mente dos eleitores. Qualquer estudante de psicologia social e opinião pública pode perceber que os resultados das pesquisas conduzem e induzem grande parte dos eleitores a optar pelo provável vencedor das eleições, na esperança de poder auferir com isso alguma vantagem.
Contudo, há que se reconhecer que essa tendência irresistível de “seguir o vencedor” lamentavelmente existe, e demonstra uma forte carência de caráter das suas “vítimas”, que sucumbem facilmente perante essa farsa. Aí se consagra a vitória da pequenez, do comodismo e mesmo da covardia humana. O resultado é a democracia corrompida que hoje se vive.
E não é preciso investigação mais profunda para se perceber que é exatamente aí que reside a “demência” da chamada democracia brasileira, que não é, nem nunca foi uma democracia verdadeira, porém a sua contrária, a OCLOCRACIA, que é democracia degenerada, falsa, deturpada, às avessas, praticada pela massa ignara e ingênua, em proveito único da patifaria política que se adonou do poder.
E não pode haver prova mais robusta para que isso fique demonstrado do que as pesquisas eleitorais “fechando” sempre com as eleições controladas pela Justiça Eleitoral.
Portanto não há como fugir da triste conclusão que a democracia brasileira verdadeiramente “caminha-num-mato-sem-cachorro”.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).