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MPF “obriga” Santander a realizar exposições sobre diversidade sexual
11/01/2018 às 17:25 Ler na área do assinante
Um termo assinado entre o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF-RS) e o Santander Cultural, obriga o banco a realizar num prazo de 18 meses, duas exposições abordando o tema diversidade sexual.
O fechamento da mostra ‘Queermuseu’, em setembro de 2017, após protestos de grupos conservadores foi preponderante para este novo desfecho.
Naquela época o MPF recomendou que a ‘Queermuseu’ fosse reaberta, mas não foi atendido pela instituição financeira.
Para o MPF o encerramento da exposição - com obras notadamente contendo conteúdo como zoofilia e incitação à pedofilia - foi prejudicial à liberdade de expressão artística.
O procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas disse o seguinte: "Passamos a acordar com o Santander uma forma de usar os temas que levaram ao fechamento do ‘Queermuseu’ para outras exposições".
O descumprimento do acordo acarretará em uma multa de R$ 800 mil ao Santander Cultural.
A primeira exposição irá promover a discussão de temas como gênero e orientação sexual, étnica e de raça, e liberdade de expressão.
A segunda exposição deverá contemplar formas de empoderamento feminino na sociedade e diversidade, incluindo questões culturais, étnicas, raça e orientação sexual e de gênero.
Mesmo assim, o acordo, por incrível que pareça, não agradou a Gaudêncio Fidelis, curador da ‘Queermuseu’.
No entendimento do curador, o Santander deveria também reparar os danos causados com o fechamento da exposição.