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Escritor Carlos Heitor Cony morre aos 91 anos e deixa um “recado” para Lula
06/01/2018 às 14:18 Ler na área do assinante
O grande escritor Carlos Heitor Cony morreu nesta sexta-feira (5), aos 91 anos de idade, no Rio de Janeiro.
A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Deixa um legado fantástico, com atuação nos principais jornais e revistas do país ao longo das últimas décadas e inúmeras obras, entre as quais diversos e premiados romances.
O Brasil perde um de seus maiores escritores, um cronista ácido, ágil e conciso, que numa de suas derradeiras intervenções deixou um recado para o ex-presidente Lula:
“Não lhe adianta acusar as elites, o imperialismo e os golpes que alega estar sofrendo. Na sua primeira investida rumo ao poder, era um líder respeitável e pobre. Levado pelo seu primeiro secretário de imprensa, o elegante Ricardo Kotscho, cheguei a comprar uma camisa do PT para ajudar a sua eleição. Apesar da minha modesta contribuição, ele não se elegeu (votei em Brizola) e deixou de vender camisas, inaugurando uma corrupção que não soube parar e que agora o atinge pessoalmente. A pobre e solitária camisa, que lhe comprei e nunca vesti, não pode concorrer com o mensalão, o petrolão e a Lava Jato.”
Siga em paz, Cony.