Ando pensando na omissão, na apatia e na covardia de milhões de ‘sedizentes homens brasileiros’.
Refiro-me, em especial, aqueles que se limitam a fazer postagens facebookianas para dizer que ‘lutam’ por algo.
‘Homens’ que são até ‘capazes’ de lotar estádios para torcer por um time de fu-te-bol ou de passar dias atrás de um trio elétrico pulando car-na-val. Mas, que de Homens mesmo pouco ou nada têm, porque não têm sequer um indício de coragem para assumir o dever cívico que a cidadania lhes implora, a bem de levar em punho a bandeira do Brasil em uma praça ou tomar uma medida efetiva, como cidadão, representando contra uma autoridade ímproba, para contribuir com o combate à corrupção, a começar pelo que há de elementar: assinar o próprio nome em um requerimento.
‘Homens’ que adoram exigir providências, mas nem sempre são Homens para providenciar.
‘Homens’ que adoram reclamar da falta de leitos em hospitais, da falta de vaga em escolas, da falta de segurança. Mas, quando têm a oportunidade de requerer algo neste particular, aí sobram ‘justificativas’ como medos de retaliações políticas.
‘Homens’ que querem mudanças, mas que não são Homens para mudar.
‘Homens’ que dizem o que os outros têm de fazer, mas que revelam um silêncio eloquente em si mesmos, de uma inércia sem fim.
Tais ‘homens’ não são Homens!
São covardes!
Em suas omissões, em suas apatias, em suas indiferenças são o festejado ‘solo fértil’ para o que tanto reprovam e condenam se perpetuar.
Tais ‘homens’ são, no máximo, ‘homens’ de processos. E processos, todos sabemos, são sujeitos ao temporário, ao efêmero, senão também ao volátil.
Tais ‘homens’ jamais serão Homens de causas, porque causas são eternas e inoxidáveis ao tempo, às condições, às circunstâncias ou a pequenos, senão também a falsos interesses.
Verdade seja dita a estes ‘homens’: vozes que calam são vozes coniventes.
‘Homens’ que não bradam e que não fazem coro a uma multidão de milhões, que deveria não apenas sair, mas estar nas ruas com constância de propósito, para que ocorra a prisão do maior bandido que a história do Brasil já registrou, quem seja, Luiz Inácio Lula da Silva, vulgo, LULA, bem como para contribuir com o fim de verdadeiros antros, como estas legendas de esquerda, tal como o PT, PMDB, PC do B, PT do B, PSOL, REDE, PCO, PSTU, PDT e outras legendas de aluguel, como também travestidos ‘movimentos’ criminosos como o MST, que nada mais são do que massas de manobras, notadamente, financiadas por tais legendas.
Tais ‘homens’ só fazem, se outros Homens agem primeiro.
Não são Homens autores ou sujeitos Homens.
São ‘homens’ coadjuvantes e, não raras vezes, ‘homens’ objetos.
O Brasil parece ser mesmo a terra de milhões de ‘homens’ e de raríssimos Homens.
Quando a covardia fala, a impunidade reina.
Pedro Lagomarcino
Advogado em Porto Alegre (RS)