Caso Lula: da ideologia de gênero à ideologia judicial
04/01/2018 às 07:02 Ler na área do assinanteProvavelmente embalados pela lavagem cerebral que fizeram para implantar a ‘ideologia de gênero’, com amplo apoio ‘daquela’ mídia, onde o sexo das pessoas não seria mais determinado por uma lei biológica, pela natureza, pela fisiologia, mas seria antes de mais nada uma ‘construção social’, onde cada indivíduo optaria pelo ‘sexo’ que bem entendesse, independentemente de possuir pênis ou vagina, as esquerdas do Brasil buscam agora ‘universalizar’ essa concepção, com fins exclusivamente políticos.
Ressalte-se que a ‘filosofia’ da ideologia de gênero também foi estendida à ‘ideologia da cor da pele’, onde a pessoa pode escolher se é branco ou preto. Com isso ‘eles’ conseguiram derrubar até a construção científica vigente desde a Idade Média , que classifica as pessoas em três principais ‘troncos raciais’, ou seja, caucasoides (brancos), mongoloides(amarelos) ou negroides (negros). Cada um elegerá, ‘democraticamente’, a sua própria cor de pele. O ingresso nas universidades, com as tais ‘cotas’ , virou uma anarquia, ‘caso de polícia’.
A ampliação gradativa desse tipo de ‘direito’ dá no mesmo que dispensar o indivíduo de cumprir as leis universais e adotar somente as leis que ele mesmo ‘editar’ para si próprio, que lhe ‘interessam’, ou seja, ‘privatizar’ em seu próprio benefício os comandos legais a que estará sujeito. Resumidamente, esse é o mais autêntico quadro da ‘anarquia legal’. E ela está sendo implantada à ‘todo vapor’, por uma classe política constituída pela pior escória da sociedade, levada a fazer as leis e governar.
Mas a ‘genialidade’ humana não tem limites. Agora ‘eles’ inventaram de usar esses mesmos mecanismos para livrar o ex-Presidente Lula das malhas da Justiça. Lula foi condenado à prisão em primeira instância pelo Juiz Federal Sérgio Moro, de Curitiba, em função da chamada Operação Lava Jato. O recurso do réu será apreciado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no dia 24 do mês em curso (janeiro de 2018).
A pressão exercida pelo PT, MST, movimentos ‘disso ou daquilo’, e demais ‘cumpanheirada’, sobre o referido Tribunal, para absolver Lula, chega a níveis jamais vistos ou imaginados. O clima de terror está sendo instalado em Porto Alegre, sede do Tribunal. Uns até garantem que um dos três Desembargadores que julgarão Lula no dia 24 estaria sendo alvo de tentativa de ‘suborno’ para absolver o réu, com pagamento mediante promoção para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Se for verdade, é tentativa de gente com ‘trânsito livre’ na Presidência da República, o poder ‘nomeante’. E nem seria de duvidar essa tentativa. Esses ‘caras’ já fizeram sujeira muito maior. Bem sabem ‘eles’ que um eventual voto divergente entre os desembargadores que julgarão Lula poderia ‘melar’ o processo por muito tempo, com interposição de recursos protelatórios, como ‘embargos de declaração’, ao próprio TRF-4, ou ‘embargos infringentes’, ao STJ, e eventualmente recurso extraordinário ao STF, onde o PT tem muitos ‘amigos’.
Durante esses trâmites obrigatórios, muita água poderia rolar, beneficiando o réu, na sua obcecada reivindicação de voltar a ocupar a Presidência da República, da qual se julga ‘dono’.
Mas se bem examinada, essa atitude não surpreende. Está absolutamente coerente com a ‘filosofia’ partidária do PT e outros partidos comparsas de crime. A Justiça não mais teria o direito de julgar as demandas da sociedade com imparcialidade, segundo as leis vigentes, conforme sua missão constitucional.
Assim como impuseram a ‘ideologia de gênero’, tentam agora estabelecer a ‘ideologia judicial’, coincidente com a mesma ‘ideologia partidária’ do PT e aliados, pela qual a Justiça teria o dever de se submeter às pressões ‘externas’, que diriam a ela ‘qual’ a justiça a ser aplicada, e que no caso só poderia ser uma: a absolvição de Lula. Essa ridícula pretensão dá no mesmo buscar uma ‘justiça-feita-no-grito’.
Assim, própria Justiça também passaria a ser uma ‘construção social’, livremente manipulada pelo PT ‘et caterva’.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).