Cai o número de alunos matriculados na rede pública de ensino, noticia o MEC.
Isso já era previsto, em função da demografia. A geração de 10 a 20 anos é menor em número do que a geração de 20 a 30, que teoricamente já passou pela escola.
A possibilidade de redimir nosso atraso pelo ensino já se foi. E se foi de maneira trágica, pois tudo que aprendeu na escola a geração já formada foi a cultura do ‘mimimi’.
Não é só doutrinação marxista, embora 99 em cada 100 professores de humanas doutrinem baseados nos clichês ‘mimimi’ do velhinho ressentido alemão. Aprende-se em nossas escolas que o indivíduo nunca é responsável pela própria condição. O culpado é sempre outro, agora não mais apenas o "imperialismo internacional" e o "capitalismo malvado".
A falência e a miséria moral, existencial e material de todas as experiências socialistas enfraqueceram um pouco a ideologia típica do ressentimento, do ‘mimimi’.
Veio o pós-modernismo e as culpas foram compartilhadas com brancos, homens, heterossexuais e qualquer pessoa que tenha, com seu próprio esforço, alcançado alguma realização na vida. Todos são monstros terríveis, responsáveis pelo fracasso dos "oprimidos", "oprimidos como você, aluno alienado", diz o professor.
Formamos uma geração ‘mimimi’, que oportunamente para seus doutrinadores, não sabe fazer contas. Estamos formando outra. Assim, o ‘Cubão’ ou o ‘Venezuelão’ são logo ali.
Responsabilidade pessoal, empreendedorismo, cooperação voluntária, produtividade, profissionalismo, tudo isso falta à geração, a maior de todas numericamente, que acabou de sair da escola. Será que um dia uma geração minoritária, mas ativa, poderá ser formada?
Aurélio Schommer
Membro do Conselho Curador na Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb e Membro Titular no Conselho Estadual de Cultura da Bahia.