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O cínico sorriso de Pizzolato e a frustração com o ministro Barroso
29/12/2017 às 11:02 Ler na área do assinante
Sorriso na boca, fazendo um joinha para os jornalistas, lá se foi Henrique Pizzolato desfrutar do Réveillon em casa. Cortesia do ministro Barroso. Vai se juntar aos indultados por Temer e ao pessoal do saidão de Natal. Mais um criminoso de volta às ruas.
Condenado no mensalão do PT, Pizzolato fugiu do Brasil usando o passaporte do irmão morto.
O ex- diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro a 12 anos e 7 meses de prisão, além de multa de R$ 2 milhões. Cumpriu menos de dois em regime fechado.
Foi preso na Itália, depois de tripudiar da justiça brasileira e ser repatriado em 2015. O governo brasileiro fez um escarcéu para tê-lo de volta.
Duas lições óbvias:
1) O crime compensa no Brasil.
2) Lembram quando um mês atrás meio mundo estava deslumbrado com as palavras douradas do ministro Barroso? Alguns até se chateavam quando a gente dizia: "Calma lá que o pé do santo é de barro". Pois é. Mais do mesmo.
Falar, amigo, até burrico de pelúcia "fala". Quero ver é a prática.
Lembrem-me desse episódio na próxima entrevista de Barroso sobre a sensação de impunidade turbinar o crime no País.
(Texto de Sonia Zaghetto)