Sérgio Moro 13/05/2018 Moro revela o que pensa sobre o trabalho de Cristiano Zanin
O juiz analisa a atuação do advogado.
A defesa de Lula, o próprio meliante petista e a insana militância, costumam insistir na infame ladainha de que não há provas contra o ex-presidente.
Como se o conjunto de tudo o que foi apurado, as inúmeras delações e a farta documentação juntada não fossem elementos de prova.
O próprio material enviado pela Suíça relativo ao sistema de propina da Odebrecht é elucidativo e devastador.
Na busca da verdade, o juiz Sérgio Moro acolheu pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato e estendeu uma perícia em curso a um novo material enviado pela Suíça relativo ao sistema de propina da Odebrecht.
Marcos Camargo, presidente da entidade de classe dos peritos criminais federais, assinala que a perícia 'é essencial para garantir a integralidade da prova' e que vai assegurar ‘a necessária isenção no processo de busca pela verdade, único método capaz de confirmar ou afastar, de acordo com a Constituição e as leis vigentes, qualquer alegação feita no âmbito do caso em discussão’.
Os arquivos que foram extraídos da contabilidade informal do grupo Odebrecht, serão analisados e poderão ser decisivos na demonstração de participação (ou não) de Lula nos eventos criminosos.
Cristiano Zanin, buscando distanciar-se da verdade, por razões óbvias, contestou a extensão da perícia, e mais uma vez fez uso de uma alegação esdrúxula, sustentando que ‘o material seria prova nova’ e que ‘não haveria autorização expressa das autoridades suíças para utilização do material para instrução’ neste processo.
Moro foi categórico: ‘Não vislumbro óbice em estender a perícia para também abranger o novo material recebido’.
Marcos Camargo foi taxativo, ressaltando que ‘as atribuições da perícia oficial não se confundem com as dos assistentes técnicos das partes, como é o caso do Ministério Público Federal’.
“Isso ocorre porque os peritos oficiais estão sujeitos, inclusive penalmente, aos mesmos critérios de suspeição dos juízes, atuando com isenção e imparcialidade na produção da prova material e mantendo-se equidistante das partes. Além disso, a perícia dispõe de estrutura legalmente instituída para a execução dos exames com autonomia técnica, científica e funcional.
É esse o trabalho que tem sido responsável por toda a sustentação técnico-científica da Operação Lava-Jato”, concluiu.
Enfim, mesmo contra a vontade da defesa de Lula, a perícia será efetivada e deve apresentar provas ainda mais robustas, aquelas que Lula tanto tem pedido.