Ex-secretário de Cabral assume a saúde do Tocantins e espalha o terror (veja o vídeo)
22/12/2017 às 15:10 Ler na área do assinanteInacreditável!
O cidadão que atuou na linha de frente do governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, está agora assombrando o Tocantins.
Marcos Musafir que comandou a pasta da saúde nos governos Sérgio Cabral e Pezão, naturalmente um dos responsáveis diretos pela atual situação do Rio, foi requisitado pelo governador Marcelo Miranda para assumir a saúde do Tocantins e está literalmente esparramando o terror sobre os servidores e sobre a população.
Recentemente, tentando justificar o atraso de sete meses no pagamento dos médicos anestesistas, a explicação de Musafir foi patética.
Descarado, o ex de Cabral teve a cara-de-pau de dizer que não existe atraso. Na sua ótica aética, os sete meses que não foram pagos são correspondentes a um contrato anterior. O contrato atual, ora em vigor, não está em atraso.
O detalhe é que nada foi pago até o momento, vez que o governo contratualmente tem 90 dias para iniciar o pagamento. Ou seja, os médicos ficarão 10 meses sem receber.
Veja abaixo o vídeo com o questionamento do deputado estadual Olyntho Neto e a esdrúxula resposta do delirante secretário:
São por figuras como essa que o Rio está na situação atual. O Tocantins merece um tratamento melhor.
Um absurdo, uma irresponsabilidade do governador entregar a saúde do Tocantins para um sujeito com as credenciais de Musafir.
Veja abaixo matéria publicada pelo Jornal do Brasil, a respeito das gestões de Sérgio Côrtes e Marcos Musafir a frente da saúde no Rio de Janeiro:
O ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes tem até o próximo dia 21 para apresentar sua defesa ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) em processo que envolve a contratação irregular de oito cooperativas de saúde na gestão de Sérgio Cabral. Outra opção é pagar R$ 600.969.280,72 como compensação. É o que determina o voto apresentado pelo conselheiro José Gomes Graciosa e aprovado em sessão plenária no dia 12 de dezembro, no TCE. O relator ainda manda citar outro ex-secretário, Marcos Musafir, e dois ex-subsecretários executivos, César Romero Vianna Júnior e Maurício Passos, além dos representantes legais das cooperativas.
As decisões são fruto de uma tomada de contas especial instaurada pela Auditoria-Geral do Estado (AGE) em atendimento a uma determinação do TCE. Entre outras irregularidades, a fiscalização constatou ausência de folhas de ponto, falta de comprovante de recolhimento de ISS e Imposto de Renda e inexistência de empenhamento de despesa para a contribuição do INSS. A auditoria ainda constatou que, das 22 cooperativas investigadas, oito apresentam coincidências de nomes na participação societária e, além disso, há casos de pessoas com um mesmo sobrenome (supostamente parentes) fazendo parte do quadro societário de cooperativas concorrentes, o que sugere a prática de cartelização.
O conselheiro relator fez ressalvas especiais sobre duas irregularidades: a ausência de licitação, e todos os seus atos legais, e a contratação verbal de cooperativas para que prestassem serviços na área de saúde pública, como forma de burlar a realização de concurso público para o preenchimento dos cargos. Graciosa também apresenta questionamento à AGE, que alegou não ter tido tempo hábil para verificar se as prestadoras de serviço estavam praticando preços considerados de mercado, o que interfere na economicidade da contratação. O relatório ainda cita que "entre os anos de 2007 e 2016, somente nas naturezas Termos de Ajuste de Contas (511) e Termos de Reconhecimento de Dívidas (3.023) tramitam ou tramitaram nesta Corte de Contas um total de 3.534 tratos informais ilegais".
Graciosa chama a atenção para a impossibilidade de se verificar se os serviços foram realmente prestados ou se foram praticados sobrepreços, "tendo em vista que sequer a folha de ponto dos médicos, enfermeiros e demais profissionais contratados foi encaminhada", o que por si só já constitui gravíssima irregularidade. Em seu relatório, o conselheiro chega a dizer que o "secretário tratou recursos públicos com desdém, gerindo a SES como se fosse uma quitanda do interior do Estado". As cooperativas contratadas prestavam diversos serviços na área de saúde pública do estado, incluindo a operação das Unidades de Pronto Atendimento – UPAs 24 horas.
O processo de Tomada de Contas Especial instaurado pela Auditoria Geral do Estado – AGE, em atendimento a uma determinação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que cita em sua última decisão, dia 13 de dezembro, os ex-secretários estaduais de Saúde do Rio de Janeiro Sérgio Côrtes e Marcos Musafir, segue seus trâmites legais na Corte de Contas, respeitando os prazos para defesa dos gestores citados.
Sérgio Côrtes recebeu sua notificação no dia 12 de janeiro e Marcos Musafir foi notificado em 28 de dezembro. Os dois gestores têm 30 dias corridos para apresentar suas defesas. No entanto, como o TCE-RJ permaneceu em recesso entre os dias 21 de dezembro e 20 de janeiro, este prazo de 30 dias passou a contar a partir do dia 23 de janeiro.