As ilusões democráticas: O embate entre o STF e as Forças Armadas

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As linhas que seguem partem da premissa, necessária e suficiente, de que o Estado de Direito no Brasil não existe mais e de que a Nação não pode admitir NENHUMA ELEIÇÃO em 2018.

Escrevo poucos dias depois de um General de Exército ter sido afastado de seu cargo por decisão de um Ministro da Defesa comunista envolvido em escândalos de corrupção.

Venho a público um dia após o anúncio de que o Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4) vai reunir-se no dia 24 de janeiro de 2018 para julgar, em segunda instância, o maior criminoso de toda História Política do Brasil.

Escrevo perplexo, estarrecido, arrasado pela declaração estapafúrdia, escalafobética, teratogênica da Ministra Cármen Lúcia, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que teve a audácia, o descaramento, de dizer que “fora da política não há salvação” - frase que deve ter feito revirar-se na tumba Marco Túlio Cícero que, antes de morrer, deixou para História a ideia de que “antes do Poder vem o Direito” e do que se conclui, evidentemente, que fora da Justiça é que não há “Salvação”.

Enquanto escrevo, impera na sociedade e naquilo que ainda restou das suas instituições uma série de Ilusões – as Ilusões que, doravante, passo a chamar de “Democráticas” - uma espécie de plágio do título da obra do jornalista Elio Gaspari sobre o Regime Militar no Brasil.

São democráticas as presentes ilusões brasileiras à medida que depositam, na futura decisão do TRF-4, o destino de um homem que escolheu e controla pessoalmente, através da ameaça e da chantagem, como todo bom sindicalista brasileiro, os votos daqueles que colocou como juízes dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) – alguns deles incapazes de obter aprovação em qualquer concurso para juiz; outros, pais de desembargadoras que ganharam tribunais de presente de Dilma Rousseff. Tal tipo de gente não vai ter pudor, vergonha alguma, em violar a Lei da Ficha Limpa ou pedir “vistas eternas” aos processos que hão de dar a palavra final sobre prisão em segunda instância e foro privilegiado.

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São democráticas as ilusões dos militares brasileiros, expressas por Afonso Taboza Pereira, coronel da Reserva do Exército e autor de “O Silêncio das Forças Armadas”, quando diz no seu texto que “vivemos em um Estado de Direito” e que não pode o Exército (como não podem os juízes) se manifestar a não ser através da própria ação.

São Ilusões Democráticas aquelas de parte do eleitorado que tem a ideia de apoiar um candidato conservador, ex-capitão do Exército, quando provas cabais existem de que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas com a maior facilidade pela Organização Criminosa que hoje governa o país dentro dos três poderes numa sintonia de interesses, num “conluio ideológico”, que faria Montesquieu reescrever seu “Espírito das Leis”

O destino final do Sr. Luís Inácio Lula da Silva, representante máximo do Foro de SP no Brasil, chefe de quadrilha e estelionatário, reside no embate que se aproxima e que será travado entre o STF e as Forças Armadas.

O STF vai fazer aquilo que Lula mandar; o Comando das Forças Armadas não é confiável: foi escolhido a dedo pelos chefes de Governo durante o Regime Petista que destruiu a Nação entre 2003 e 2016, debocha (na figura do General Eduardo Villas Boas) do desespero dos Intervencionistas e tem, no Comandante da Aeronáutica, um “cientista político” capaz de classificar as intervenções como avanços ou retrocessos.

Vacinar índios é a missão natural do Exército, salvar baleias a da nossa Marinha e transportar amantes de políticos a da nossa Força Aérea, segundo os comandantes escolhidos por uma bandida assaltante de bancos, ladra e chefe de quadrilha derrubada do Governo pela corja, pela escória do PMDB, que agora dá as cartas.

Quanto mais rapidamente a Nação livrar-se de suas Ilusões Democráticas mais efetiva e forte será a aliança daqueles que imploram por Intervenção Militar com os eleitores de Bolsonaro e com essa camada que chamarei aqui de neo-mortadelas.

Neo-mortadelas são os “liberais” e "libertários" que, num país controlado pelo Crime Organizado, destilam ódio contra os funcionários públicos, querem um Estado Brasileiro que caiba num aplicativo de celular e vagam pela Av.Paulista gemendo “não existe almoço de graça, não existe almoço de graça” - viúvas de Milton Friedmann, indiferentes a vergonha cultural e moral de um país que vai fechar o ano com show de Pabllo Vittar, com “peladão do MAM” ou “Queermuseum”, desde que o dólar fique abaixo de 4 reais e a BOVESPA em alta.

“Deixai toda esperança, ó vós que entrais”, era a frase que Dante leu antes de descer ao Inferno e que deveria ser colocada na porta de cada sessão eleitoral em 2018.

Porto Alegre, 13 de dezembro de 2018. (49 anos depois do AI-5)

(Texto de Milton Pires. Médico em Porto Alegre (RS).

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