O STF quer resgatar a imagem enlameada de Aécio Neves
08/12/2017 às 07:47 Ler na área do assinantePedir a quebra do sigilo fiscal e bancário de Aécio Neves é meramente ‘jogar para a plateia’.
Ocorre que, nesta quinta-feira (7) o ministro Marco Aurélio Mello tornou pública sua decisão de liberar a irmã de Aécio, Andrea Neves, e o primo Frederico Pacheco, da prisão domiciliar e de todas as restrições. A dupla está livre.
Para amenizar a decisão desagradável, o ministro decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Aécio.
Nada será encontrado. Notadamente em razão de tais investigações só contemplarem o período compreendido entre 1º de janeiro de 2014 até 18 de maio deste ano. Nessa época a Lava Jato já estava em andamento e Aécio não ocupou nenhum cargo no executivo.
Ora, diante de tudo o que aconteceu, nada impediria que as investigações se estendessem ao período em que Aécio governou Minas Gerais. Ai sim seria um trabalho realmente com o objetivo de investigar com profundidade as eventuais mazelas protagonizadas pelo tucano.
E porque tais quebras de sigilos não avançaram sobre a própria Andrea e o tal do Fred?
Parece que a intenção é dar condições para que Aécio tenha conteúdo para um novo discurso.
Investigar e punir é o que menos importa.