Madame pede medidas protetivas ao STF contra o marido ministro
03/12/2017 às 04:54 Ler na área do assinanteEsse episódio envolvendo um ministro de uma alta corte judicial e a esposa é uma franca demonstração do motivo pela qual a Justiça brasileira está em frangalhos.
Infelizmente, a maioria avassaladora de nossas autoridades não estão imbuídas do propósito de fazer a verdadeira Justiça.
Que tratamento pode dar às leis e a sociedade um cidadão que ao que tudo indica não trata bem a própria esposa?
No dia 23 de junho de 2017, dona Élida de Souza Matos, esposa do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga registrou uma ocorrência junto a Polícia Civil de Brasília, acusando-o de agressão.
Lembram do ministro Admar Gonzaga? Um dos quatro votos que absolveu a chapa Dilma-Temer dos graves crimes eleitorais cometidos nas eleições presidenciais de 2014.
Na época, dona Élida, certamente pressionada pelo marido, se retratou e passou a negar que tivesse sofrido qualquer tipo de violência.
Entretanto, como a lei Maria da Penha não permite o arquivamento do inquérito, o caso prosseguiu e este mês Admar Gonzaga foi denunciado pela procuradora Raquel Dodge e está na iminência de se tornar réu.
Assim, o Brasil terá um réu num caso de ‘violência doméstica’ participando decisivamente das decisões mais importantes do país.
E, para piorar o cenário, dona Élida acaba de pedir ao STF medidas protetivas contra o marido.
A pena prevista para o crime de violência doméstica pode chegar a três anos.
Para um país que já tem um deputado presidiário legislando e um criminoso condenado com pretensão de ser candidato a presidente, não há o que se estranhar com a situação relatada.
É a lama...