O problema não está na prisão de um Almirante, mas da prisão de uma privilegiada inteligência, por razões não políticas. Não foi a prisão de uma "inteligência perniciosa" que as ditaduras perseguiam quando ela se opunha ao regime. Mas o caso atual é de prisão de uma inteligência por estar contaminada pela corrupção. Teria ele sido seduzido pelas ofertas das empreiteiras? Ou teria se aproveitado da sua autoridade para extorquir a empreiteira? Em qualquer das duas hipóteses a doença é a mesma: corrupção. O Brasil, já pobre em conhecimentos e inteligência ser obrigado a descartar pessoas altamente inteligentes e especializadas, por estarem contaminada pela terrível doença é um perda lamentável, embora necessária.
O Contra-almirante da Marinha Brasileira Othon Luiz Pinheiro da Silva não foi guindado à Presidência da Eletronuclear por indicação política. Foi escolhido pela então Ministra Dilma Rousseff ainda no Governo Lula, pela sua competência técnica e renome internacional, com várias láureas pela sua contribuição para o desenvolvimento da ciência.
Apesar de todo o seu currículo técnico ao se tornar gestor de um imenso programa de investimentos, requerendo a participação de empreiteiras teria sido enredado num esquema de corrupção.
A sua participação nos esquemas corruptivos mostra que inteligência e preparo técnico não torna a pessoa imune ao vírus da corrupção.
Jorge Hori
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Jorge Hori
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