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TRF-2 faz o que o STF não fez e vai pra cima do legislativo
22/11/2017 às 06:25 Ler na área do assinante
O que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) está fazendo é exatamente o que o Supremo Tribunal Federal (STF) deveria ter feito em relação ao Senado, mas acabou se acovardando.
A pequenez do STF ante os inúmeros ‘picaretas’ que infestam o Congresso Nacional teve início quando Renan Calheiros, em 2016, se recusou a cumprir a determinação judicial que o afastava da presidência do Senado Federal.
Os ministros se acovardaram e Renan permaneceu no cargo.
Mais recentemente, o voto minerva de Carmen Lúcia garantiu que a decisão sobre o caso Aécio Neves coubesse ao Senado. O senador mineiro por decisão dos seus pares reassumiu o cargo, sem problemas e tranquilamente.
Pronto. Diante desses posicionamentos do STF, os devassos deputados estaduais do Rio de Janeiro, na ânsia de salvarem os quadrilheiros Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, tripudiaram sobre o TRF-2. Ignoraram uma determinação judicial para que fosse permitido o acesso do público à votação que analisou a prisão decretada dos três meliantes e ainda determinaram a soltura, penetrando indecentemente na competência do Poder Judiciário.
Felizmente o TRF-2 mostrou que está bem distante do STF. Deu demonstração de coragem no cumprimento da lei e na exigência do respeito.
Mandou prender novamente o terrível trio e não submeterá novamente a decisão à Alerj.
Picciani, Melo e Albertassi permanecerão presos.
A não ser que surja algum ministro do STF com covardia suficiente para soltá-los.