Novos cursos de medicina proibidos: MEC avança projeto do PT de precarização da saúde
21/11/2017 às 16:39 Ler na área do assinanteO Ministério da Educação anunciou que irá suspender durante 5 anos a criação de novos cursos de medicina no Brasil.
Sempre ouvimos que o Estado deve ser o responsável por garantir o acesso dos cidadãos à saúde. Mas o que acontece na prática? A verdade é que dispomos de um governo preocupado em ceder às pressões e garantir os lucros de entidades de classe (médicos, donos de escolas) em detrimento da facilidade de acesso aos serviços de saúde.
Embora a militância vermelha esteja correndo para culpar (com razão) a administração de Michel Temer e, mais especificamente, do ministro da educação, Mendonça Filho, é preciso lembrar que o projeto de precarização da saúde é velha ideia defendida pelas bases da esquerda e não deveria ser nenhuma surpresa que um governo liderado pelo vice de Dilma Rousseff esteja determinado a avançar tal agenda.
O objetivo é tornar a saúde completamente inacessível para o maior número de pessoas para, então, apresentar o SUS e outros programas - como o Mais Médicos, por exemplo - como as únicas alternativas para que as pessoas mais carentes tenham acesso aos serviços de saúde. Quanto menos médicos são formados, há menos oferta dos serviços no mercado. Consequentemente, o preço desses serviços sobe. Nenhuma novidade.
A ideia de proibir a criação e a expansão de cursos de medicina é velha conhecida dos comunistas. Em 2007, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 65/03, do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que proibia a criação e a expansão de cursos de medicina por 10 anos.
Além disso, Mendonça Filho utilizou a mesma justificativa do projeto de Chinaglia: a abertura "desenfreada" de cursos supostamente prejudica a qualidade da formação.