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Advogado que garantia influência no STJ e STF é preso, mas tem o nome mantido em absoluto sigilo
11/11/2017 às 11:53 Ler na área do assinante
A Operação ‘Mercador de Fumaça’ deflagrada nesta sexta-feira (10) pela Polícia Federal prendeu num requintado escritório de Brasília um advogado que garantia a seus clientes influência nas decisões do STJ e do STF.
O causídico cobrava altos honorários em função do decantado ‘tráfico de influência’ que dizia possuir.
Ele teria sido denunciado por um prefeito afastado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de quem cobrou R$ 2 milhões para reverter à situação e reintegrá-lo no cargo
O MPF pediu a prisão preventiva do advogado com o argumento de preservar a ordem pública.
O advogado responderá pelo crime de exploração de prestígio, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão em caso de condenação.
O nome da operação da PF faz referência à expressão “vender fumaça”, usada no meio forense para se referir a esse tipo de crime.
Incompreensível apenas o motivo do nome do advogado estar sendo mantido em segredo, sob sete chaves.