Sem grana para a fiança, ex-petista dono de R$ 19 milhões na Suíça, é mantido preso
11/11/2017 às 11:16 Ler na área do assinanteO sujeito foi preso em junho envolvido em esquema de corrupção e distribuição de propina.
Trata-se do ex-petista, ex-dirigente da CUT e ex-membro do Conselho Curador do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do FGTS), André Luiz de Souza.
Em julho, um mês após a sua prisão, a Justiça concedeu-lhe a prisão domiciliar mediante o pagamento de uma fiança estipulada em R$ 300 mil.
O ex-petista não tem o dinheiro. Toda a sua riqueza está no exterior e sem acesso, bloqueada pela Justiça.
Diante da situação, desde que lhe foi concedida a mudança de regime prisional, André Luiz tenta negociar sua saída da Penitenciária da Papuda, sem obter êxito.
Recentemente ele ofereceu a título de fiança uma obra de Di Cavalcanti avaliada em mais de R$ 700 mil.
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A proposta foi de doação ao Itamaraty, ‘a fim de que integre importante acervo da arte brasileira’.
O Ministério Público Federal recusou, sob a alegação de que a fiança deve obrigatoriamente ser feita em dinheiro, pois o objetivo é cobrir custas processuais e multas.
Em contrapartida, o MPF requereu que fosse decretada a ‘pena de perdimento’ da obra, vez que se trata de ‘produto do crime’.
André, no final das contas, permanece preso, deverá perder o quadro e os R$ 19 milhões.
Pesa sobre ele a acusação de recebimento de propinas da Odebrecht que ultrapassam a bagatela de R$ 50 milhões.