Urna eletrônica, a maior inimiga da democracia brasileira
29/10/2017 às 21:17 Ler na área do assinanteDe que adianta lutarmos pela reconstrução de nosso país e pela renovação do quadro político brasileiro se nosso sistema eleitoral não é confiável?
Vejam o que dizia o maior assassino e manipulador da história contemporânea mundial:
"Quem vota e como vota não conta nada; quem conta os votos é que realmente importa." Joseph Stalin.
E foi isso que aconteceu nas eleições presidenciais de 2014, quando de forma inexplicável, a presidente Dilma Rousseff, reverteu os resultados negativos de sua votação.
Várias pessoas se indignaram com uma determinação, no mínimo estranha, dada pelo presidente do TSE, Dias Toffoli (ex-advogado do PT), que impedia o acompanhamento e a apuração final desta acirrada eleição. Esta atitude antidemocrática foi denunciada pela imprensa na época, como mostra este trecho de um artigo:
"Em reveladora e estarrecedora entrevista a Beatriz Bulla, do Estadão, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, confirmou que somente um pequeno grupo de técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) assistiu o minuto a minuto da totalização dos votos.
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De acordo com o corregedor-geral, foi por ordem direta de Toffoli que o TSE montou um esquema para manter isolados os técnicos responsáveis pela apuração, sem contato inclusive com outros membros da Corte.
E o mais inacreditável é que, ainda segundo o corregedor-geral João Otávio de Noronha, a orientação dada pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, era para que os técnicos não informassem nem a ele o resultado parcial da eleição antes da abertura dos dados para todo o País." (Tribuna da Internet).
Só isto já seria motivo suficiente para não aceitarmos que esta aberração se repita.
Outros detalhes importantes que advogam à favor de um posicionamento firme da sociedade, na direção de uma mudança radical no sistema eleitoral brasileiro, que restabeleça a confiança e a honestidade no processo são:
• Os dois países mais desenvolvidos do planeta, Japão e EUA, não utilizam a votação eletrônica por suspeitarem de sua confiabilidade;
• Entre todos os países que utilizam o voto eletrônico, o Brasil é o único país que ainda utiliza urnas de 1° geração que podem ser fraudadas e manipuladas (já existem urnas seguras de 3° geração);
• falta de recursos para a adoção de urnas mais modernas não se justifica, já que o governo tem liberado com muita generosidade, recursos para sua base parlamentar;
• O que é mais importante, rapidez na apuração da eleição ou confiabilidade no processo eleitoral ? Se há pouco recurso, voltemos então à boa e confiável URNA DE LONA.
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Para finalizar, precisamos exigir um processo eleitoral honesto, transparente e democrático.
O povo brasileiro não pode ser tratado como uma subclasse tutelada por um grupo de "seres superiores intocáveis".
Uma pergunta fica no ar:
A nação brasileira confia plenamente nos seus representantes políticos atuais e nos ministros da Suprema Corte de Justiça, por eles indicados? A quem interessa manter essas urnas desatualizadas?
Acorda Brasil, estamos à um passo de nos transformarmos em uma Venezuela.
Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira
Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário