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Dodge já estaria em franca atuação no cumprimento da missão delegada por Temer
22/10/2017 às 08:12 Ler na área do assinante
A atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dá mostras de que aquele encontro, na calada da noite, no Palácio Jaburu, com o presidente Michel Temer, foi uma revisão de como deveriam ser suas ações no exercício do cargo.
Temer estaria naquela oportunidade 'tomando o ponto'.
A PGR age claramente no sentido de impedir a todo custo uma eventual delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
O chefe vai delatar quem? O chefe não pode delatar afinal ele é o topo da pirâmide criminosa.
Então, Geddel é o chefe, definiu Dodge.
O articulista Jânio de Freitas, da Folha, também pensa desta forma.
No seu artigo deste domingo (22), ele é categórico: ‘A menos que Raquel Dodge apresente comprovação, ao menos indícios aceitáveis, da novidade que disse, a suposição de que vem para salvar Michel Temer ganha nova estatura. Não pode mais ser vista como precipitada ou interessada’.
Geddel nem tem perfil de ‘chefe’. Trata-se, nada mais nada menos, do que um corrupto que faz esquemas espúrios há mais de 30 anos, sempre visualizando o seu enriquecimento pessoal.
Temer é diferenciado, complementa Jânio de Freitas. ‘Usar intermediários é o seu modo típico. José Yunes, Eduardo Cunha, Lúcio Funaro, Geddel Vieira Lima, Rocha Loures, Moreira Franco, Eliseu Padilha e outros, já identificados ou ainda nas sombras, estão citados nas investigações como pessoas acionadas por Temer para chegar a terceiros, com missão definida’.
Todavia, essa questão de ‘chefe’ nesses esquemas de corrupção, não existe.
Corruptos se associam para aplicar golpes. Praticado o malfeito, cada um pega sua parte e ponto final.