O psicólogo e ex-vereador Marcos Cláudio Lula da Silva vive momento de extrema dificuldade, sem qualquer atividade, derrotado na reeleição para vereador em São Bernardo do Campo e sob a suspeita de envolvimento com drogas.
O fato é que o filho de Lula por algum motivo está refugiado e isolado em Paulínia, morando na casa de um amigo e por suas atitudes despertando suspeitas na vizinhança.
A denúncia partiu justamente de um vizinho. O cidadão ligou dizendo que suspeitava que havia armas e drogas em duas residências na região, uma delas onde residia o filho do ex-presidente.
Tratando-se de uma denúncia muito séria, o cidadão foi convidado a comparecer na delegacia. Esse morador foi até a presença da autoridade policial, se identificou e narrou os motivos de suas suspeitas.
Na sequência, a polícia fez campanas na região. As suspeitas aumentaram em função da movimentação no imóvel e a presença de veículos com placas de outros estados.
Tais fatos foram relatados para a juíza da comarca de Paulínia, que diante do relato, deferiu o pedido de busca e apreensão.
Tratou-se, portanto, de uma ação eminentemente policial, sem qualquer cunho político eleitoral.
Até a realização da diligência para cumprimento do mandado de busca e apreensão, não se sabia quem era o morador da residência sob suspeita.
O alvo era o local e não os moradores da residência.
No dia dos fatos, não foram encontrados drogas. Diante disso, a polícia fez a apreensão de outros objetos como computador e DVDs, um material que periciado poderia apontar indícios de infrações penais.
Antes que qualquer perícia fosse realizada, a Justiça determinou a devolução de tudo o que foi apreendido, o delegado foi afastado e o filho de Lula saiu ileso.
Só não explicou o que faz em Paulínia, cidade conhecida pelo grande volume de circulação de drogas e armamento pesado.
Quanto ao delegado que conduziu a operação, Rodrigo Luís Galazzo, em entrevista a Revista Veja ele garante que ‘não se arrepende de nada’ e que se voltasse no tempo, ‘faria tudo exatamente igual’.