Reitor que cometeu suicídio exercia pressão contra investigações, revela PF
07/10/2017 às 12:31 Ler na área do assinanteA imagem que setores vinculados a partidos políticos ditos de esquerda, tentam fazer a respeito do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier Olivo, que cometeu suicídio no dia 02 de outubro, não é verdadeira e não tem respaldo na realidade dos fatos que vinham sendo investigados.
O corregedor da UFSC Rodolfo Hackel do Prado, em julho deste ano já havia enviado uma carta à Polícia Federal denunciando a obstinada pressão exercida por Cancellier, na tentativa de impedir o andamento de investigações que vinham sendo feitas no âmbito da universidade.
Na carta o corregedor pediu o afastamento do reitor. A tal carta fundamentou o pedido de prisão e de afastamento feito pela PF e acolhido pela Justiça Federal.
O reitor não era suspeito de desvio de recursos, mas de tentar intervir em uma apuração interna. Conduta igualmente ilícita, vez que atuava para tentar proteger os envolvidos em prática de corrupção.
A conduta delituosa ficou confirmada nas investigações da Polícia Federal.
Uma outra denúncia contra o reitor partiu de uma professora da UFSC, Taísa Dias, que era justamente quem coordenava o programa de ensino a distância do curso de administração.
Ela relata que encaminhou pessoalmente ao reitor situações de ilicitudes no setor.
Cancellier ao invés de tomar providências, fez ameaças e advertiu a professora de que ela estava em estagio probatório, determinando que esquecesse o assunto.
Taísa levou o caso ao conhecimento da Polícia Federal.
É de se lamentar o trágico suicídio, mas, pelo visto, Cancellier não era ‘santo’.