Prisão de Battisti foi estratégia para evitar extradição
05/10/2017 às 05:53 Ler na área do assinanteO italiano Cesare Battisti conseguiu exatamente o que queria e planejou.
Em momento algum ele pretendeu fugir para a Bolívia. Se quisesse teria feito. Não há qualquer dificuldade em atravessar a fronteira entre Corumbá e Puerto Suarez, no país vizinho.
O terrorista italiano não cogita a hipótese de abrir mão da boa vida que leva no Brasil.
Porém, com o novo pedido de extradição feito pelo governo italiano, Battisti resolveu agir.
Nada impedia que o italiano viajasse para a Bolívia ou para qualquer outro país. Em tese, ele é um homem livre no Brasil.
O que não pode é atravessar a fronteira com tanto dinheiro, R$ 30 mil, o que caracteriza um crime, evasão de divisas. Esse foi o motivo da prisão de Battisti, em flagrante.
O crime de evasão de divisas se configura quando uma pessoa envia valores para o exterior sem a devida declaração a autoridade competente.
Nos próximos dias ele com certeza será liberado e deverá responder o processo em liberdade. Terá apenas que pagar uma fiança a ser arbitrada pela Justiça Federal de Corumbá (MS). Dinheiro, pelo visto, não é problema.
O processo fatalmente será moroso e a defesa de Battisti deverá propor todos os recursos possíveis e imagináveis.
Um dia, quando e se for condenado, poderá ter a pena convertida em prestação de serviços. Ou seja, nunca será preso.
O detalhe importante e relevante para Battisti é que enquanto estiver respondendo processo no Brasil não poderá ser extraditado.
Jogada de mestre do terrorista.
da Redação