A ‘mulher desconhecida’: uma advogada que atuou na delação da JBS
23/09/2017 às 08:06 Ler na área do assinanteO procurador Sidney Madruga já está demitido da função para a qual foi nomeado pela nova PGR Raquel Dodge.
Todavia, diante do imbróglio, é surpreendente perceber as ligações e o nível das conversas entre o pessoal da cúpula do Ministério Público Federal e advogados ou pessoas envolvidas em delações premiadas de grandes conglomerados, notadamente no caso da JBS e dos irmãos Batista.
Tais situações passaram a ser frequentes depois da mencionada delação.
Um procurador já foi até preso e o ex-procurador Marcelo Miller teve a casa vasculhada recentemente pela Polícia Federal, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Além do encontro do próprio Janot com o advogado da JBS, que até hoje não mereceu uma explicação convincente.
Diante desse quadro sombrio na cúpula do MPF, cheio de encontros misteriosos e inexplicáveis, sai Janot e entra Dodge.
Ato subsequente a posse de Dodge, Madruga é flagrado com uma ‘mulher desconhecida’ trocando informações confidenciais da PGR.
Descobre-se quem é a fulana. Fernanda Tórtima, advogada que atuou na delação da JBS.
Uma das frases ditas por Madruga para Tórtima, dava conta da intenção de Dodge em ‘controlar a Lava Jato'.
Isto é muito grave. A sociedade não pode permitir.
Vamos aguardar que a nova PGR honre a biografia que construiu até aqui.
Jamais poderá ser subserviente aos caprichos do poder e de Michel Temer, com quem já teve um encontro suspeito na calada da noite.