Denúncia Grave: Médicos Cubanos estão sendo utilizados como mão de obra escrava no Brasil (veja o vídeo)
19/09/2017 às 09:54 Ler na área do assinantePode parecer uma notícia velha, ou sensacionalista, mas acreditem, não é. (Peço encarecidamente ampla divulgação).
É uma covardia o que vem sendo feito com os médicos cubanos integrantes do Programa Mais Médicos no Brasil. Por estarem ligados a uma ditadura (cubana) nada podem falar e muito menos fazer.
Prefeitos de pequenos municípios do Brasil estão felizes. Conseguiram os seus escravos de branco.
Agora podem dar aos seus eleitores o que tanto queriam: um médico.
Um médico mudo e subserviente, incapaz de denunciar os absurdos que acontecem e possam à vir acontecer nas desassistidas Unidades Básicas de Saúde espalhadas Brasil à fora.
Ontem (18), recebemos, no hospital público onde trabalho, um jovem de menos de 18 anos, proveniente de uma cidadela do interior, com um quadro grave e arrastado de apendicite. A falta de laboratório para realizar exames básicos, RX e US, dificultaram e atrasaram o diagnóstico, colocando a vida do paciente em risco.
Um país, onde a justiça do trabalho e o ministério público, são tão duros e exigentes com fazendeiros, muitas vezes acusados injustamente de utilizarem mão de obra análoga à mão de obra escrava, fica difícil de entender como isso pode estar acontecendo.
Um conhecido, confidenciou-me, que sua tia havia alugado, por R$ 200,00, um pequeno cômodo para um desses médicos cubanos, que humilhado e triste, não tinha nem um guarda roupa para guardar os seus poucos pertences.
Isso aconteceu em uma pequena cidade da fronteira do RS, cujo nome evitarei mencionar para não prejudicar o médico estrangeiro. (Irei comunicar o grave fato as autoridades competentes em momento oportuno).
O ilustríssimo jurista Ives Gandra da Silva Martins já publicou em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo um texto, intitulado "O neoescravagismo cubano", em que explica que os contratos entre o governo brasileiro e os médicos cubanos do programa Mais Médicos configuram uma relação de escravidão, inadmissível segundo a Constituição Federal.
Denuncia: O "Mais Médicos esconde a mais dramática violação de direitos humanos de trabalhadores de que se tem notícia, praticada, infelizmente, em território nacional. Que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas necessárias para que esses médicos deixem de estar sujeitos a tal degradante tratamento."
GRAZIELLA DO Ó ROCHA, em seu artigo, "Compreendendo o Conceito de Trabalho Análago ao de Escravo e seus Correlatos", define:
"O Trabalho escravo é uma prática social que remonta a própria história da humanidade. Todas as civilizações possuíam algum sistema para construção de relações de posse, subserviência e exploração da força humana....
....No Brasil, por mais de três séculos, a escravidão da população vinda do continente africano e seus descendentes foi a base de sua constituição social, política e econômica. Esse traço histórico produz uma direta associação da escravidão ao “tronco e à chibata”. Para muitos, soa demasiadamente absurdo dizer que o Trabalho escravo ainda existe....
...Obviamente, não se pode dizer que o sistema de escravidão contemporânea é exatamente igual aos sistemas antigos e modernos, eles guardam entre si similaridades e diferenças....
....Antigamente, o escravo era visto como um bem material e muito caro (assim como um cavalo de raça, hoje em dia). Portanto, minimamente seu dono tinha que fornecer condições de sobrevivência, como alimento de qualidade e abrigo. Além disso, existia uma relação social de longa duração, onde gerações de escravos permaneciam sob a tutela de um mesmo senhor e de seus descendentes.
Isso não ocorre na escravidão contemporânea. Nela, o trabalhador não possui valor algum e é aliciado para cumprir uma determinada atividade e posteriormente é dispensado. A oferta de mão de obra “descartável” é tamanha que não imprime ao explorador qualquer necessidade de manutenção de condições mínimas de sobrevivência. Embora o trabalhador não seja mais uma propriedade de seu “senhor”, antes de ser humano, ele é visto como um produto para consumo imediato e posterior descarte. Enquanto produz e dá lucro, ele é mantido sob vigilância e controle. Quando seu trabalho já não é mais necessário, é descartado, como se coisa fosse..."
Continua:
"Os casos identificados no Brasil e no mundo têm revelado que as práticas contemporâneas de escravidão são tão aviltantes quanto as dos séculos passados. São manifestações de um mesmo fenômeno, reproduzido com novas características. Porém, conservando a mesma brutalidade e a coisificação do ser humano".
É MUITO GRAVE O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM NOSSO PAÍS.
Não podemos nos calar. Hoje são os cubanos, que estão sendo humilhados e desrespeitados.
Amanhã, as vítimas, será este exército de futuros médicos brasileiros, fruto de uma política populista covarde que visa a criação de um excedente de mão de obra.
Finalizando, o governo Temer facilitou a "compra e o tráfico humano de escravos", ao permitir a negociação direta entre os senhores de escravo (prefeitos municipais) e os traficantes de escravos (família Castro), como mostra o parágrafo abaixo retirado de uma página oficial do governo:
"Municípios de todo o País terão nova oportunidade de participar ou ampliar o número de vagas do Programa Mais Médicos. As prefeituras agora vão poder realizar a contratação de profissionais cubanos, por meio de cooperação direta com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com recursos próprios.
A medida poderá ser adotada tanto pelas cidades que já fazem parte do Programa como para as que ainda não aderiram à iniciativa. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirma que a possibilidade de novas adesões vai beneficiar as cidades que, por algum motivo, acabaram não ingressando no Programa anteriormente."
É uma vergonha, a sociedade brasileira não pode se calar. Não é uma questão de reserva de mercado. É uma questão de dignidade humana.
Peço ampla divulgação.
É muito importante defendermos a floresta amazônica como o fez Gisele Bündchen, mas mais importante ainda é defender a liberdade do "bicho homem".
Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira
Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário