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Tudo dá errado para Lula e Justiça cancela destruição de documentos da Operação Castelo de Areia
18/09/2017 às 15:47 Ler na área do assinante
A Operação Castelo da Areia foi deflagrada em 2009 durante a segunda gestão do ex-presidente Lula e investigava supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro envolvendo o grupo empresarial Camargo Corrêa.
Ali poderia ter sido o início da ‘Lava Jato’, uma vez que tinha como alvos empreiteiras e políticos suspeitos de corrupção.
Naquela época, uma decisão do então presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Asfor Rocha, concedeu uma liminar que barrou às investigações.
É sabido que o arsenal de provas colhidos é muito grande, devastador e implica inúmeros políticos, possivelmente o ex-presidente Lula, já que todos os esquemas de corrupção aconteceram durante o seu governo.
Uma decisão da Justiça havia determinado a destruição de todas essas provas, um alívio para o petista.
Entretanto, diante da revelação do ex-ministro Antonio Palocci, de que o então presidente do STJ havia recebido R$ 5 milhões da construtora Camargo Corrêa para barrar a operação, a Justiça Federal decidiu suspender a destruição das provas.
O juiz federal Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, determinou a suspensão da inutilização das provas por entender que o MPF (Ministério Público Federal) poderá reverter as medidas que interromperam a Castelo de Areia e investigar a suposta compra de decisões judiciais, caso a delação de Palocci seja assinada.