O vereador Pablo Almeida (PL), de Belo Horizonte (MG), criticou duramente o governo Lula (PT) após a revelação de que uma cartilha que orienta jovens usuários de drogas estava habilitada para concorrer ao Prêmio Maria Lúcia Pereira. A premiação é organizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça, e busca reconhecer iniciativas inovadoras na política sobre drogas no país.

Em vídeo, Almeida condenou a iniciativa.

"O governo Lula habilitou para o prêmio uma cartilha com dicas de como andar com drogas. Engole o choro e faz o ‘L’", declarou o vereador.

Ele destacou ainda o conteúdo da cartilha:

"Esse material dá dicas do que fazer se você for abordado pela polícia, como esconder drogas e até como agir se for levado pela PM."

Para o vereador, a decisão revela uma direção preocupante nas políticas do atual governo:

"Esse absurdo iria receber R$ 50 mil de um prêmio oficial da Presidência da República. Essa é a prioridade desse desgoverno: proteger o usuário e aliviar para o criminoso", criticou.

A cartilha, intitulada Deu ruim? Fica frio. O que fazer se você estiver com drogas e for abordado pela polícia, foi desenvolvida pela Frente Mineira de Drogas e Direitos Humanos. O material orienta usuários sobre como proceder durante abordagens policiais, alegando o objetivo de evitar conflitos e encarceramentos injustos, principalmente de jovens pretos, pobres e periféricos.

Com a repercussão negativa, a Senad decidiu suspender a seleção pública do prêmio para uma reavaliação dos projetos inscritos. Em nota oficial, o órgão esclareceu que “não houve qualquer decisão sobre premiação” e que as sugestões são de responsabilidade exclusiva dos autores. A Secretaria afirmou também que “não coaduna com qualquer orientação que afronte as leis do país ou que represente tentativa de burlar a atuação policial”.

Pablo Almeida ainda aproveitou a ocasião para apontar a tentativa do governo de regulamentar as redes sociais como uma estratégia para conter críticas como a que expôs a cartilha.

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