Luis... E agora, Luis?
A festa acabou, a fonte secou, o povo sumiu
07/09/2017 às 22:39 Ler na área do assinanteA festa acabou,
a fonte secou,
o povo sumiu,
o italiano entregou,
e agora Luis?
e agora, PT?
Você que era ético,
zombava dos outros,
o maior dos honestos,
na lama, na bosta,
e agora Luis?
Está sem poder,
está sem defesa,
está sem o sítio,
já não pode eleger,
já não pode roubar,
jantar já não pode,
a sorte esfriou,
o Zé de escanteio,
o Bessias não veio,
o Sérgio é que veio,
não veio a anistia,
e tudo acabou,
e tudo fugiu,
a caravana minguou,
e agora, Luis?
E agora, Luis?
Sua doce bravata,
seus tempos de greve,
sua Garanhuns,
sua bela adega,
sua cruz de ouro,
seu whisky dezoito,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com o Chavez na mão,
queria abrir as portas,
não existem portas;
quer morrer no auge,
mas o auge acabou,
quer ir para as urnas,
urnas não há mais.
Luis, e agora?
Se você falasse,
se você cedesse,
se você trocasse
a ganância pela paz,
se você sumisse,
se você calasse,
se você tivesse
um pingo de caráter,
mas você não tem,
você é ruim, Luis.
Sozinho no escuro,
qual pulga, qual rato,
sem ideologia,
sem visita íntima,
para se apoiar,
Curitiba te espera,
E você vai a pé,
você entendeu Luis?
Luis, acabou."
(texto de Fernando Augusto Martins Canhadas)