Nikolas Ferreira denuncia interferência de Moraes contra anistia do 8 de janeiro: “Várzea institucional”
15/04/2025 às 15:19 Ler na área do assinanteFoto: Câmara dos Deputados
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a criticar duramente o ativismo político do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O estopim da vez foi uma reportagem do jornal O Globo, que escancarou a atuação nos bastidores de Moraes para barrar a proposta de anistia aos presos do 8 de janeiro, numa movimentação que ignora completamente os limites constitucionais entre os poderes.
Segundo o jornal da família Marinho, o ministro estaria promovendo “acenos” à classe política, organizando jantares com parlamentares, fazendo visitas ao Congresso Nacional e modulando suas decisões conforme a conveniência do momento político. Uma verdadeira aula de interferência institucional—tratada com naturalidade pela velha imprensa.
Nikolas não deixou barato. Nas redes sociais, o parlamentar mineiro denunciou a parcialidade e o desrespeito à separação dos poderes por parte do ministro do STF:
“Parcialidade, violação ao princípio da separação de poderes, desvio de função em prol, é claro, da democracia. Várzea.”
Em outra publicação no mesmo dia, Nikolas reagiu à informação divulgada pelo jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, de que ministros ligados ao presidente Lula estariam contando com uma possível intervenção do Supremo para livrar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) de uma eventual cassação no plenário da Câmara, revertendo decisão do Conselho de Ética.
A resposta do parlamentar foi certeira:
“Fecha o Congresso. Entrega logo um trono pro Moraes e acaba com essa ladainha de democracia.”
Enquanto isso, o STF segue acumulando poderes e tomando para si prerrogativas que, pela Constituição, pertencem exclusivamente ao Legislativo. O silêncio da grande mídia e de setores da classe política diante desse desequilíbrio institucional é ensurdecedor.
A pergunta que fica: até quando o Brasil aceitará ser governado por canetadas de toga?
da Redação